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Os últimos filmes de Paul Walker

Paul Walker faleceu no dia 30 de novembro, em Los Angeles. Ele estava no banco do carona quando o motorista, seu amigo Roger Rodas, perdeu o controle do carro e se chocou contra um poste e uma árvore. O veículo pegou fogo e ficou totalmente destruído. Além da memória de seus filmes já vistos, seu trabalho também poderá ser conferido em algumas produções inéditas.

Conheça os quatro últimos longas que Walker filmou:

 

Velozes e Furiosos 7

Velozes & Furiosos 7

Este será o principal lançamento póstumo de Paul Walker.

Seu personagem, Brian O’Conner, vai se aposentar no filme. A decisão foi feita após reuniões com o diretor do longa, James Wan (‘Invocação do Mal’), o roteirista Chris Morgan e Jeffrey Kirschenbaum, principal executivo da franquia. Eles analisaram todas as cenas já gravadas para encontrar uma forma de explicar a saída de Brian da trama.

A estreia foi adiada de 11 de junho de 2014 para 10 de abril de 2015.

Jason Statham será o vilão do longa. Ele fez uma ponta em ‘Velozes & Furiosos 6′ e chegou a negociar para viver o vilão principal, mas o papel ficou com Luke EvansKurt Russell aparecerá no sétimo ou no já confirmado oitavo filme.

Vin DieselTyrese GibsonDwayne “The Rock” Johnson e Michelle Rodriguez retornam. O tailandês Tony Jaa (‘Ong Bak – Guerreiro Sagrado’) fará sua estreia em Hollywood no filme, e a campeã de UFC Ronda Rousey terá uma ponta.

Paul Walker

 

 

13º Distrito

Mesmo sendo o remake de um importante filme para a indústria do cinema francês, o fato que mais chama a atenção agora em 13º Distrito, infelizmente, é esta ser a última produção (completa) do falecido Paul Walker. O ator perdeu a vida em um acidente de carro, em 30 de novembro de 2013, aos 40 anos de idade. Mesmo sem ser parte do time A de Hollywood, ou ser destacado por seus dotes como ator, Walker participou de obras de qualidade, como A Vida em Preto e Branco (1998), foi dirigido por grandes nomes, como Clint Eastwood (A Conquista da Honra) e Richard Donner (Linha do Tempo), e atuou ao lado de gente como Penélope Cruz (Anjo de Vidro).

Já o status de astro, do time B e o máximo que chegou do A, veio com a franquia Velozes e Furiosos, da qual Walker participou de cinco dos seis filmes e filmava o sétimo quando faleceu sem terminá-lo. O ator havia concluído dois outros filmes antes de sua morte, lançados de forma póstuma. O primeiro a sair foi Contagem Regressiva (2013), que causou certa controvérsia ao ter estreado nos cinemas norte-americanos bem em cima da morte do ator, em dezembro de 2013. Alguns alegavam o desejo de capitalizar em cima da tragédia. Não foi bem o caso, afinal não é como se os produtores tivessem segurado a estreia da obra.

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Em Contagem Regressiva, Walker entrega um de seus melhores desempenhos da carreira, como um pai viúvo, desesperado pela sobrevivência da filha recém-nascida, quando o hospital que a mantém viva através de um respirador artificial é atingido pelo furacão Katrina. O filme é um thriller dramático. E agora, chega 13º Distrito, o último filme que Walker concluiu. Este veículo de ação, como dito é a refilmagem do popular Distrito B13, obra francesa de 2004, que gerou uma continuação em 2009 chamada Distrito B13 Ultimato. A versão americana é uma refilmagem cena a cena de seu original.

Assim como o recente Oldboy – Dias de Vingança, o objetivo é apresentar para o grande público um filme de sucesso em seu país de origem, repetindo sua trama em voz alta para ser ouvida por mais gente. Na história, passada num futuro não tão distante em Detroit (a óbvia brincadeira seria apontar como um prelúdio de Robocop), um poderoso traficante ameaça a cidade. Na verdade, o conjunto habitacional conhecido como Brick Mansions se tornou um risco tão grande para a população em geral que os políticos ameaçam explodi-lo de vez. Algo que deve ressoar perto com o povo carioca.

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Cabe ao agente disfarçado vivido por Walker salvar o dia. Para isso ele contará com um homem de dentro, o acrobata, mestre e criador do esporte parkour, David Belle. Aliás, um dos motivos da existência do filme original francês, criado pelo veterano Luc Besson (um dos maiores empresários do ramo de cinema na França) foi fazer bom uso das coreografias alucinantes e absurdas de Belle, que reprisa aqui seu papel do original. Pensem em Jackie Chan com menos lutas e mais saltos perigosos. Apesar de um pouco mais velho, Belle não deixa a peteca cair e desenvolve momentos originais e novos truques na nova versão.

Distrito B13 é o que havia de mais próximo a um blockbuster francês. Já 13º Distrito pode soar como seu primo pobre para os não escolados. O que acontece é que se tratando de uma produção americana, o público espera sempre mais. A história é mundana e tem todo ar de produção B. A trama não é nada que já não tenhamos visto antes, mesmo se tratando de um roteiro xerocado. O que verdadeiramente chama a atenção, ainda são as incríveis acrobacias de Belle, nas quais Walker até se encaixa bem. O plano do vilão, envolvendo um míssil para destruir a cidade, soa como 007 de quinta, e o filme ainda reserva muitos momentos embaraçosos. Basta dizer que existem dois tipos de filmes de ação, os que os personagens sangram quando vidros são quebrados em suas cabeças e os que não sangram. 13º Distrito pertence ao segundo grupo.

Contagem Regressiva (Hours)

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Neste suspense dramático, Walker interpreta um homem que enfrenta a trágica morte de sua esposa (Genesis Rodriguez) durante o parto, em um hospital em Nova Orleans. A filha do casal sobrevive, mas depende de aparelhos. A tensão aumenta com a passagem do devastador furacão Katrina, que deixa pai e filha ilhados e sofrendo com a falta de eletricidade.

O longa reflete a faceta engajada do astro: ele apoiava a organização beneficente Reach Out Worldwide, que ajuda vítimas de desastres naturais. Ele faleceu em um acidente logo após participar de um evento da organização, realizado para ajudar os filipinos atingidos pelo tufão Yolanda.

Walker é um dos produtores do longa. O roteiro e a direção são de Eric Heisserer, roteirista de ‘Premonição 5’ e do remake de ‘A Hora do Pesadelo’.

O longa já está nas locadoras nacionais.

Paul Walker Hours

 

 

 

Pawn Shop Chronicles

Paul Pawn Shop Chronicles

Esta é uma comédia de ação com orçamento de apenas US$ 5 milhões, mas um elenco repleto de astros. Além de Walker, estrelam Brendan Fraser (‘A Múmia’), Elijah Wood (‘O Senhor dos Anéis’), Norman Reedus (‘The Walking Dead’), Thomas Jane (‘O Nevoeiro’), Vincent D’Onofrio (‘Nascido para Matar’) e Lukas Haas (‘A Origem’).

O roteiro de Adam Minarovich gira em torno do sumiço de um anel de casamento, que leva a uma caçada insana que envolve drogados, skinheads e um sósia de Elvis Presley. Walker interpreta um viciado em metanfetaminas no longa.

A direção é de Wayne Kramer, que já trabalhou com o astro em ‘No Rastro da Bala’.

O longa teve uma passagem breve e mal sucedida em apenas 15 cinemas norte-americanos, e já foi lançado em vídeo. Ainda não há previsão para o Brasil.

Paul Walker Pawn Shop Chronicles

 

 

Um Plano Brilhante

(Love Punch)

 

Elenco:

Emma Thompson, Pierce Brosnan, Tuppence Middleton.

Direção: Joel Hopkins

Gênero: Comédia

Duração: 94 min.

Distribuidora: Payarte Pictures

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 19 de Junho de 2014

Sinopse:

No longa, um casal divorciado (Brosnan e Thompson) arma um divertido plano para tentar recuperar o dinheiro da aposentadoria que acabou sendo roubado deles por um empresário desonesto. Agora, eles vão ter que roubar de volta.

Curiosidades:

» —

 

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

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Como Treinar Seu Dragão 2

Continuação do sucesso da Dreamworks supera o original e escala o patamar das melhores animações recentes

Em 2010, quando o primeiro Como Treinar Seu Dragão foi lançado, o estúdio Dreamworks Animations era o principal rival da Disney no terreno de animações, com obras como a franquia Shrek, Madagascar e Kung Fu Panda. Quatro anos depois e o estúdio continua como um adversário digno criando filmes como o sucesso Os Croods. Como Treinar Seu Dragão é a quarta franquia do estúdio a emplacar. E continua mantendo o nível de qualidade e o teor maduro, para ser considerada a série mais adulta do braço de animação da Dreamworks.

Se no primeiro tínhamos a história do monstro incompreendido e a amizade que nasce entre seres de raças diferentes (que já gerou clássicos imortais da sétima arte, sendo o mais evidente E.T. – O Extraterrestre), o segundo evolui como um “animal” maior, melhor e mais explorado. Um dos elementos que mais chamam a atenção no filme é o relacionamento entre seus personagens humanos.

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Alguns anos se passaram e dragões e homens, inimigos jurados há anos, encontram-se em convivência pacífica. Os caçadores de dragões deram lugar aos domadores de dragões. Cada um dos guerreiros vikings que constituem o elenco de apoio se tornou um cavaleiro montado nas bestas cuspidoras de fogo. O protagonista Soluço (Hicup no original, voz de Jay Baruchel) está mais velho e a animação que cria o personagem faz uso de traços que o identifiquem de tal forma.

Os gráficos são impecáveis. O filme cria diversos momentos belíssimos que se tornam um novo patamar alcançado no terreno da animação, é simplesmente fantástico. Ainda mantendo a amizade com o dragão raro Banguela (Toothless no original), Soluço é um mestre em sua arte, aventureiro e extremamente audacioso.  Sua nova encarnação serve de grande evolução ao personagem apresentado no filme original.

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Soluço é um guerreiro destemido que, devido ao equipamento em seu traje, alça voo ao explorar novos territórios. É justamente por causa deste espírito desbravador que o protagonista entra em contato com os dois elementos que servem de mote e reviravolta no desenvolvimento da segunda aventura. O primeiro é a comunidade de caçadores de dragões, comandados pelo capataz Eret, voz de Kit Harrington (o Jon Snow da série Game Of Thrones) – que rende inclusive um gracejo em relação ao seu personagem da famosa série.

Eret, no entanto, apenas trabalha para o grane vilão da sequência, o conquistador impiedoso Drago, voz de Djimon Hounsou. Drago é um antigo rival de Stoick, voz de Gerard Butler, pai do protagonista Soluço. O segundo grande elemento na trama da continuação é a presença da enigmática Valka, voz da Oscarizada Cate Blanchett, nova personagem de grande importância na história.

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Ela é uma exímia guerreira, independente, que tem como missão recuperar e criar dragões feridos, deficientes ou à beira da morte. Valka é uma espécie de ativista dos direitos dos dragões, uma Dian Fossey animada. Seu passado está intimamente ligado ao do protagonista. Juntos eles irão enfrentar a tirania de Drago, um encantador das criaturas que pretende usá-las em sua guerra particular. Além de personagens, situações e relacionamentos bem definidos, a nova animação entrega momentos que podem ser considerados intensos demais para crianças menores.

Existem cenas de crueldade com as criaturas e a morte de personagens essenciais para a série. Como Treinar Seu Dragão 2 trata a morte com a maturidade de um filme adulto. Existe sofrimento e ele importa. Existem consequências nos atos, coisa que aproxima muito a obra de um produto mais recomendado para o público adolescente e jovem. Esse é o peso dramático que consegue fincar a animação no mundo real.

Mas não é algo totalmente dissonante do que a geração que cresceu na década de 1980, por exemplo, presenciou na infância em produtos mirados para eles naquela época. É importante filmes assim existirem, que abordem determinados assuntos para o público mais novo e como lidar com eles. Constrói caráter.  Os filmes são baseados na série literária de Cressida Cowell, e o diretor Dean DeBlois e o produtor Jeffrey Katzenberg (dono da Dreamworks) já demonstraram o desejo de novas sequências, então espere continuações.

‘João e Maria: Caçadores de Bruxas 2’ vem aí…

A Paramount Pictures confirmou oficialmente a sequência de ‘João e Maria: Caçadores de Bruxas‘ (Hansel e Gretel: Witch Hunters), que teve estreia marcada para 2016. O primeiro filme teve orçamento de US$ 50 milhões e arrecadou US$ 226,3 milhões mundialmente.

Enquanto promovia o lançamento do Blu-Ray, o produtor Adam McKay falou que o diretor Tommy Wirkola pretende fazer um filme mais forte e menos infantil que o primeiro.

“Eu estou realmente animado com o segundo. Ele não vai ficar no mesmo ambiente que o primeiro filme, ele vai se aprofundar nessa clássica história. Ele está caminhando realmente para ampliar esse assunto. Eu já comecei a ouvir algumas das idéias que ele está trabalhando, e está ficando muito louco. Este poderia ser um daqueles casos em que a sequência vai bem mais longe que o original”., afirmou.

O filme obteve mais sucesso fora do território norte-americano: arrecadou US$ 170 milhões no exterior, e apenas US$ 55 milhões nos EUA.

Em ‘João e Maria: Caçadores de Bruxas‘, depois de pegarem um gostinho por sangue quando crianças, João (Jeremy Renner) e Maria (Gemma Arterton) se tornaram vigilantes extremos, determinados a defender seu povo . Agora, sem que eles saibam, João e Maria passaram a ser a caça e têm que enfrentar um mal muito maior do que as bruxas… seu passado.

Gemma Arterton (‘Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo’) e Jeremy Renner (‘Atração Perigosa’) devem retornar.

Vizinhos

A diferença entre Seth Rogen e Adam Sandler

Comédias escrachadas todos fazem. Escatológicas então parecem ter virado um subgênero. O humor, assim como todos os outros elementos em uma sociedade, segue uma tendência e evolui para não ficar datado. Então, é natural que a maioria das pessoas confunda o fato, colocando qualquer tipo de comédia americana que faça uso de um humor mais ácido no mesmo pacote. Porém, se olharmos mais de perto, poderemos ver grandes diferenças em tais obras.

Nem irei entrar no mérito de se o humor funciona ou não, porque isso é absolutamente relativo. O que pode ser hilário para você, pode não ser para mim, e vice-versa. O que vale a pena ser mencionado é toda a estrutura montada para esta comédia, que consiste na premissa, cenas (situações), diálogos e personagens. A história é simples, mas funciona por ser extremamente identificável. Um jovem casal na faixa dos trinta, e com um bebê recém-nascido, recebe na casa ao lado seus novos vizinhos: rapazes de uma fraternidade.

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No Brasil não temos este conceito, mas seria algo como se diversos estudantes universitários alugassem uma casa, como uma república. Ao se apresentarem para os novos moradores da vizinhança, Mac (Seth Rogen) e Kelly (Rose Byrne) tentam ao máximo parecerem descolados e não os chatos que se tornaram (que antes mesmo de terminarem de se arrumar para sair, já estão cansados demais e acabam desistindo). O que o casal vê nos garotos, em especial no líder da turma, Teddy (Zac Efron), é a chance de recobrar sua juventude perdida.

Mac e Teddy se entrosam logo de cara, porém, por um descuido de uma promessa não cumprida do casal “quadradão”, logo a guerra estará declarada. Assim, os dois times entram em colisão, tentando derrotar os rivais com os golpes mais baixos possíveis, o que rende um festival de cenas muito engraçadas. De um lado, o casal protagonista tenta sabotar os garotos com planos que vão desde desestruturar a amizade dos “cabeças” da fraternidade, por um rabo de saia, até fazer com que os jovens sejam expulsos do campus. Por outro lado, a turma continua azucrinando a paz dos vizinhos, tentando agir “dentro das regras”.

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Se fosse apenas por suas cenas de humor explícito, Vizinhos não teria o mesmo impacto. Mas o que conta muito é a honestidade com que apresenta seus personagens. O líder da fraternidade interpretado por Efron, por exemplo, poderia ser o típico vilãozinho irritante, no entanto, o roteiro de Andrew J. Cohen e Brendan O´Brien (produtores de O Virgem de 40 Anos e Tá Rindo de Que?), o cria como o sujeito mais adorável possível, simpático e amigo, que não hesita em pegar leve e oferecer seu quarto para um calouro torturado descansar. Também vemos outro aspecto do rapaz, que deu preferência para festas e popularidade, e acabou retardando os estudos, ao contrário do melhor amigo.

A situação extrema não nasce do descabido somente para arrancar risadas, mas sim do mundano. E isso é o elemento que a torna crível. Por incrível que pareça, é possível achar doçura e alma em Vizinhos (em especial na última cena entre os então rivais Efron e Rogen, baixada a poeira meses depois). Grande parte disso se deve ao diretor da obra, o especialista Nicholas Stoller. Seu novo trabalho remete diretamente a seu primeiro, Ressaca de Amor (2008), um filme que ia até o limite com suas piadas (basta lembrar do nu frontal de Jason Segel numa das primeiras cenas), mas ao mesmo tempo apresentava momentos como o do musical do Drácula, que realmente despia a alma de seu personagem principal.

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Depois de uma boa escorregada com seu último trabalho, o muito insosso Cinco Anos de Noivado (2012), lançado direto em vídeo no Brasil, Stoller recupera a boa forma, com provavelmente a melhor comédia mainstream do ano. Obviamente, o humor tentará penetrar de todas as formas. Este é o objetivo principal aqui. Caso contrário, seria o mesmo que ter um filme de super-herói tentando deixar a ação de fora. O que se pode argumentar é que talvez Vizinhos seja incorreto demais para você. Se sua preferência for por algo mais ameno.

De qualquer forma, o humor incorreto pode funcionar bem, e se mostrou eficiente ao longo da história, com clássicos como Animal House – Clube dos Cafajestes (1978) – filme ao qual este Vizinhos remete muito – e Os Safados (1988). Ah, e quanto a diferença citada no título deste texto, é que o comediante Seth Rogen se importa com seu público e tenta entregar algo que desperte o interesse, mesmo que nem sempre tudo funcione. Já Sandler, desistiu há tempos…

13º Distrito

O último trabalho completo do astro Paul Walker

Mesmo sendo o remake de um importante filme para a indústria do cinema francês, o fato que mais chama a atenção agora em 13º Distrito, infelizmente, é esta ser a última produção (completa) do falecido Paul Walker. O ator perdeu a vida em um acidente de carro, em 30 de novembro de 2013, aos 40 anos de idade. Mesmo sem ser parte do time A de Hollywood, ou ser destacado por seus dotes como ator, Walker participou de obras de qualidade, como A Vida em Preto e Branco (1998), foi dirigido por grandes nomes, como Clint Eastwood (A Conquista da Honra) e Richard Donner (Linha do Tempo), e atuou ao lado de gente como Penélope Cruz (Anjo de Vidro).

Já o status de astro, do time B e o máximo que chegou do A, veio com a franquia Velozes e Furiosos, da qual Walker participou de cinco dos seis filmes e filmava o sétimo quando faleceu sem terminá-lo. O ator havia concluído dois outros filmes antes de sua morte, lançados de forma póstuma. O primeiro a sair foi Contagem Regressiva (2013), que causou certa controvérsia ao ter estreado nos cinemas norte-americanos bem em cima da morte do ator, em dezembro de 2013. Alguns alegavam o desejo de capitalizar em cima da tragédia. Não foi bem o caso, afinal não é como se os produtores tivessem segurado a estreia da obra.

CinePop 3

Em Contagem Regressiva, Walker entrega um de seus melhores desempenhos da carreira, como um pai viúvo, desesperado pela sobrevivência da filha recém-nascida, quando o hospital que a mantém viva através de um respirador artificial é atingido pelo furacão Katrina. O filme é um thriller dramático. E agora, chega 13º Distrito, o último filme que Walker concluiu. Este veículo de ação, como dito é a refilmagem do popular Distrito B13, obra francesa de 2004, que gerou uma continuação em 2009 chamada Distrito B13 Ultimato. A versão americana é uma refilmagem cena a cena de seu original.

Assim como o recente Oldboy – Dias de Vingança, o objetivo é apresentar para o grande público um filme de sucesso em seu país de origem, repetindo sua trama em voz alta para ser ouvida por mais gente. Na história, passada num futuro não tão distante em Detroit (a óbvia brincadeira seria apontar como um prelúdio de Robocop), um poderoso traficante ameaça a cidade. Na verdade, o conjunto habitacional conhecido como Brick Mansions se tornou um risco tão grande para a população em geral que os políticos ameaçam explodi-lo de vez. Algo que deve ressoar perto com o povo carioca.

CinePop 4

Cabe ao agente disfarçado vivido por Walker salvar o dia. Para isso ele contará com um homem de dentro, o acrobata, mestre e criador do esporte parkour, David Belle. Aliás, um dos motivos da existência do filme original francês, criado pelo veterano Luc Besson (um dos maiores empresários do ramo de cinema na França) foi fazer bom uso das coreografias alucinantes e absurdas de Belle, que reprisa aqui seu papel do original. Pensem em Jackie Chan com menos lutas e mais saltos perigosos. Apesar de um pouco mais velho, Belle não deixa a peteca cair e desenvolve momentos originais e novos truques na nova versão.

Distrito B13 é o que havia de mais próximo a um blockbuster francês. Já 13º Distrito pode soar como seu primo pobre para os não escolados. O que acontece é que se tratando de uma produção americana, o público espera sempre mais. A história é mundana e tem todo ar de produção B. A trama não é nada que já não tenhamos visto antes, mesmo se tratando de um roteiro xerocado. O que verdadeiramente chama a atenção, ainda são as incríveis acrobacias de Belle, nas quais Walker até se encaixa bem. O plano do vilão, envolvendo um míssil para destruir a cidade, soa como 007 de quinta, e o filme ainda reserva muitos momentos embaraçosos. Basta dizer que existem dois tipos de filmes de ação, os que os personagens sangram quando vidros são quebrados em suas cabeças e os que não sangram. 13º Distrito pertence ao segundo grupo.

‘Scooby-Doo’ ganhará reboot

Após dois filmes live-action lançados nos cinemas e um terceiro direto em Home Video, a Warner Bros. pretende ressuscitar a franquia ‘Scooby-Doo‘.

Os produtores Charles Roven e Richard Suckle, de ‘Scooby-Doo‘ (2002) e ‘Scooby-Doo 2: Monstros à Solta‘ (2004), estão trabalhando com o estúdio em um novo filme

Segundo o Deadline, novos atores vão substituir Sarah Michelle Gellar (Daphne), Freddie Prince Jr. (Fred), Linda Cardellini (Velma) e Matthew Lillard (Salsicha) no reboot, que também será em live-action.

Matt Lieberman (‘Dr. Dolittle 4’) foi contratado para roteirizar.

Os dois filmes lançados nos cinemas arrecadaram US$ 455 milhões mundialmente, apesar das críticas negativas. O desenho animado criado por Hanna-Barbera estreou na TV originalmente em 1969, e é exibido até os dias de hoje.

Não há um cronograma definido para o lançamento.

Scooby Doo Bee Doo…

Transcendence – A Revolução

Possui um belo visual e ideias promissoras, mas transita num ritmo tedioso, sendo incapaz de captar o público.

Um dos pontos mais comentados nos trabalhos de Christopher Nolan é sua estética fílmica, por possuir uma identidade muito própria e ser essencial como ferramenta narrativa. Desde o genuíno Amnésia (2000) até o recente Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012), Wally Pfister assina como cinematógrafo e é um dos principais responsáveis por trás dessa decorrência. Inclusive chegou até ganhar um Oscar de Melhor Fotografia por seu desempenho no excelente A Origem (2010). Isso fez sua carreira decolar e deu fôlego para que impetrasse seu primeiro trabalho como diretor, sendo pleiteado pelas produtoras Straight Up Films e Alcon Entertainment.

Filmado em formato anamórfico de 35 mm, no qual o cineasta ainda defende o uso de película sobre o modo digital, Transcendence – A Revolução chega aos cinemas brasileiros com uma fama extremamente negativa no que se refere à crítica e público – principalmente nos EUA, um dos seus países de origem. No entanto, como é sabido, o gosto dos norte-americanos tende a ser um tanto peculiar em relação ao nosso – Círculo de Fogo (2013) é prova do que falo. Apegando-me a isso, conferi a obra de coração aberto, pronto para ser conquistado, o que dificilmente poderia advir já que conquistar não parece ser o foco por aqui.

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O longa aborda a criação de uma máquina capaz de possuir sensibilidade e inteligência artificial coletiva feita pelo renomado Dr. Will Caster (Depp). Tal mote não só atrairia a atenção da ciência e, por assim, da imprensa, como também causaria debate entre o meio conservador religioso, que costuma ser contra o avanço tecnológico – algo recorrente em nosso mundo. O que, por sinal, nos leva, inicialmente, a acreditar que isso será posto em discussão quando um maníaco extremista tenta assassinar Caster, e este se vê na situação de transplantar sua mente para o novo invento e convence a esposa Evelyn (Hall) e o amigo Max Waters (Bettany) a realizar nele, Will, o procedimento.

Além de deixar de lado os pertinentes temas propostos, e de focar numa trama que se revela absurdamente tola do ponto de vista social, a fita, apesar de possuir um visual atraente e ser detentora de belos planos contemplativos, é incrivelmente desinteressante, em vários aspectos. É sem vida, ou pior, vive na inércia. Wally Pfister, dedicando-se exclusivamente a sua área, parece pouco se importar com o ritmo do filme, pois, com uma mão pesadíssima, cria uma narrativa que tenta ser intimista, mas por nada dizer, acaba soando enfadonha e aborrecida. Elementos que seriam importantes para a conclusão da trama acabam passando despercebidos pela pegada tediosa que, a todo o momento, faz com que o público pergunte se o final está próximo.

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O bom elenco liderado por um Johnny Depp contido que não compromete, ou mesmo acrescenta, é formado por Rebecca HallPaul BettanyMorgan FreemanCillian Murphy e Kate Mara. Porém, com exceção de Hall, que parece bastante envolvida com o projeto, todos os demais surgem de forma automatizada, com personagens pavorosamente mal desenvolvidos e interpretados. Não sabemos seus nomes, menos ainda importamo-nos pelo seu cotidiano.

O roteiro unidimensional, assinado pelo novato Jack Paglen, é raso em suas ideias e possui fraquíssimos diálogos. Restando a equipe de direção de arte, auxiliada pela eficiente fotografia de Jess Hall, realizar um cuidadoso trabalho de mise en scène, que faz com que os objetos, em tela, falem por si. Algo que pouco funciona, já que a plateia não tem um referencial. Fica então a dúvida: com essa experiência nada agradável, Wally Pfister voltará à sua profissão de origem, no qual foi consagrado, ou tentará uma nova investida, arriscando-se por completo? Aguardemos se o pião cai dessa vez.

Paul W.S. Anderson fala sobre ‘Resident Evil 6: O Capítulo Final’

O diretor Paul W.S. Anderson cedeu uma entrevista ao Collider e falou sobre o sexto ‘Resident Evil‘, que tem título provisório ‘Resident Evil: The Final Chapter‘ e marcará seu último retorno à franquia.

“Resident Evil: O Capítulo Final é o título provisório. Ele pode acabar sendo o título final, e é o que está escrito na primeira página do meu roteiro … Eu estou bem no meio do primeiro rascunho. Não há datas definidas para começarmos a filmar. Estamos esperando ter a primeira versão do roteiro finalizada para começarmos a planejar.”, afirmou.

Como já era esperado, ‘Resident Evil 6‘ não chegará aos cinemas na data inicialmente indicada pela Sony Pictures (12 de setembro de 2014). As filmagens deveriam ter começado no final de 2013, e não tem um novo cronograma definido. A estreia deve ser adiada para o segundo semestre de 2015, ano que o cinema receberá um dos maiores números de blockbusters de sua história.

“Eu não sei [quando ele chegará os cinemas], depende o quão rápido eu escrevê-lo, eu acho. Não há data definida ainda, mas faremos um anúncio oficial em breve”, continua.

Segundo Anderson, ele está escrevendo o roteiro já com o 3D em mente:

“Acredito firmemente que você tem que começar a pensar no 3D, mesmo no processo de roteirização. Você não pode simplesmente fazer um ótimo filme em 3D sem ter planejado antes. Sim, você pode fazer uma conversão de última hora. Mas você não pode filmar o filme pensando em 3D e fazer uma conversão de última hora, pois não terá um resultado satisfatório”, afirmou.

Milla Jovovich retorna como Alice, e  Li Bingbing como Ada Wong.

O sexto filme da franquia ‘Resident Evil‘ terá um orçamento em torno de US$ 75 milhões. O valor é US$ 10 milhões mais caro que o último filme, ‘Resident Evil: Retribuição‘, que custou US$ 65 milhões e arrecadou saudáveis US$ 240 milhões mundialmente.

O primeiro filme teve um orçamento de US$ 33 milhões, seguido por US$ 45 milhões do segundo e do terceiro. Já  ‘Resident Evil 4: Recomeço‘ custou US$ 60 milhões e teve a maior arrecadação da franquia: US$ 296 milhões.

Confira a suposta sinopse:

Alice Abernathy (Milla Jovovich) continua sua batalha contra o sistema da Umbrella Corporation e a hostil Rainha Vermelha (Megan Charpentier), com a ajuda de seus amigos Jill Valentine (Sienna Guillory), Scott Leon Kennedy (Johann Urb), Wong Ada (Li Bingbing) , e sua filha Becky (Aryanna Engineer), continuando uma aliança com o ex-chefe da Umbrella, Albert Wesker (Shawn Roberts). Ao longo do caminho, eles vão reencontrar os ex-companheiros Chris Redfield (Wentworth Miller), Claire Redfield (Ali Larter) e Kmart (Spencer Locke). Sua batalha épica vai levá-los de volta para onde tudo começou, na mansão escura construída pela Umbrella e o profundo centro de pesquisa e desenvolvimento subterrâneo conhecido como The Hive, onde a Rainha Vermelha planeja a aniquilação total da raça humana.

Veronica Mars: O Filme

A Jovem Espiã retorna sete anos depois, bancada pelos fãs, e já não tão jovem assim

Veronica Mars: A Jovem Espiã é um seriado que durou de 2004 a 2007 (no Brasil exibido pelo canal a cabo TNT), por três temporadas, e contava as desventuras de uma estudante colegial que dublava como investigadora particular. A série não era, por assim dizer, um enorme sucesso, mas conseguiu uma legião de fãs devotos. E justamente eles exigiam o retorno de sua amada personagem título, há anos afastada.

Kristen Bell, a protagonista, seguiu como atriz de cinema (revezando no período participações em novas séries como Heroes, Gossip Girl e a recente House of Lies) em filmes de sucesso variado, vide Ressaca de Amor (2008), Quando em Roma (2010) e Relação Explosiva (2012). Seu maior acerto nas telonas foi como a voz de Anna, na animação da Disney, Frozen: Uma Aventura Congelante (2013). Bell tem carisma, ótimo timing cômico, mas talvez não muitas oportunidades de mostrá-lo, no competitivo mercado.

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O mais interessante sobre a produção para o cinema de Veronica Mars é a condição na qual a obra foi criada. Os fãs exigiam mais, porém, nenhum estúdio ou produtora queria bancar o orçamento, alegando provável falta de retorno. Afinal, o mercado lucrativo é regido por super-heróis, robôs gigantes e literatura de fantasia para meninas adolescentes. A solução foi algo chamado Kickstarter. Trata-se de um site criado em 2008, que cresceu para se tornar o maior local de financiamento coletivo, visando projetos inovadores, da rede.

O princípio é o seguinte: o projeto é apresentado e aprovado pelo site, então começam as contribuições de pessoas como eu e você, até que determinado valor seja atingido para viabilizá-lo. Veronica Mars entrou para a história do cinema como o primeiro filme mainstream a ser bancado diretamente do bolso de seus fãs, algo sem precedentes. O filme também se tornou o projeto que mais rápido atingiu a quantia de US$ 2 milhões – a mais alta para qualquer filme financiado pelo site – e o projeto que mais apoiadores teve. É ou não amor dos fãs?

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Além de Bell, e grande parte do elenco da série terem retornado, o criador Rob Thomas obviamente estaria envolvido e aqui serve como diretor do longa-metragem. Na trama, sete anos após a vermos pela última vez, Veronica (Bell) está morando em Nova York, é advogada e candidata a um emprego numa grande firma de advocacia. A veterana Jamie Lee Curtis (mãe de Bell na comédia Você de Novo, 2010) é quem faz a entrevista de emprego com a espevitada heroína. Curtis, como uma das sócias da empresa, serve para mostrar o novo mundo que espera a protagonista.

Se ao menos ela pudesse se desassociar por completo da velha vida na cidadezinha de Neputne. O passado chama quando uma ex-colega de escola é assassinada e o principal suspeito é o antigo flerte, o bad boy Logan (Jason Dohring). A protagonista então volta a fazer o que melhor sabe, acreditando na inocência do sujeito, que reconhecendo a capacidade da amiga, a chama para resolver a situação pessoalmente.

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Kristen Bell já não é mais uma adolescente aos 33 anos, mesmo assim quando aparece ouvindo escutas, monitorando apartamentos, invadindo casas com identidade falsa e, principalmente, portando uma câmera de lentes longas, promete fazer a alegria dos aficionados. Assim como na série, o criador Thomas traz para a versão do cinema (exibição que não ocorreu no Brasil, com o lançamento em vídeo) os mesmos diálogos rápidos, espertos e recheados de referências por minuto. A trama de suspense fica à altura escondendo reviravoltas dignas.

Mesmo para quem pegou o bonde andando, como o que vos fala, Veronica Mars: O Filme serve como entretenimento de qualidade, de fácil acesso e sem problemas para os não escolados. As participações especiais, na base da camaradagem, vão desde James Franco numa sátira a si mesmo, passando por Justin Long, até o próprio marido de Bell na vida real, Dax Shepard, numa tirada legal. Já as referências abrangem desde escândalos de fitas sexuais, o próprio site Kickstarter e o infame Sharknado (2013). O clima ‘matinê’ com conteúdo está de volta e fará sucesso também com os fãs brasileiros de Veronica Mars.

Coração de Leão – O Amor não tem Tamanho

Um grande amor não se encontra em toda esquina. Partindo deste princípio básico do manual do homem romântico moderno, o diretor argentino Marcos Carnevale (do maravilhoso Elsa & Fred, e do chatíssimo Viúvas) volta as telas do cinema para falar sobre o amor. Coração de Leão – O Amor não tem Tamanho é um filme água com açúcar, divertido como os bons longas de humor argentino, deve fazer muito sucesso nos nossos cinemas. Julieta Díaz e Guillermo Francella, ambos muito inspirados, formam um simpático e atraente par romântico que deve tirar muitos risos da plateia.

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Na trama, conhecemos a história de Ivana (Julieta Díaz), uma advogata divorciada que após perder seu celular em um ataque de fúria com seu ex-marido, conhece o arquiteto galanteador León (Guillermo Francella) que com sua lábia preponderante aos poucos vai conquistando por completo o coração da bela morena. A questão é que esse homem encantador é baixinho, tem apenas 1,36 de altura o que acaba gerando incertezas, medo e preconceito dentro e fora deste relacionamento inusitado. O baixinho entra como uma flecha certeira no coração de Ivana mas será que ambos conseguirão suportar as críticas a esse amor ?

Os pombinhos hermanos saltam de paraquedas, dançam salsa, viajando deliciosamente rumo aos limites do amor. O grave obstáculo é a grande tensão entre os dois quando estão em público, assim as incertezas deste romance são colocadas à prova. O ex-marido ciumento, a mãe da protagonista que a princípio não entender esse relacionamento, as opiniões defensivas do filho de León, a secretaria fofoqueira e tendenciosa, aos poucos percebemos uma crítica social que gera uma reflexão: Todos nós temos frases e pensamentos que encostam na hipocrisia.

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A relação pai e filho, entre León e seu único herdeiro (Diego), é muito bem encaixada dentro da trama. Seu maior confidente, o filho de León parece ser o maior alicerce para seus receios e medos. Ambos produzem ótimas cenas, sem perder aquela pitada generosa de humor. Quando Ivana chega na vida de seu pai, Diego a princípio pensa em protegê-lo de uma possível mágoa mas aos poucos se rende a felicidade que é gerada quando León e Ivana estão juntos.

A maturidade e a elegância com que o assunto da diferença de altura é tratado eleva a qualidade da trama. O longa-metragem é uma deliciosa viagem aos caminhos de amor. Sensível e romântico, o filme promete inspirar muitos corações perdidos que buscam um recomeço na arte do amar. Uma lição fica: encontrar alguém de verdade é algo que acontece poucas vezes na vida. Não é verdade? Não se feche para um grande amor e com certeza não perca esse belo filme.

Avanti Popolo

Na linha tênue entre ser um média ou um longa-metragem, chegou aos cinemas na semana passada o peculiar trabalho do cineasta Michael Wahrmann, Avanti Popolo. Lento como Barrichello, chato como o Bruno Mazzeo, entediante como Nicolas Cage, o projeto, infelizmente, é o verdadeiro encontro entre nada e coisa nenhuma. O áudio abafado, as faltas de contextos, sequências amarradas de maneira estranha transformam o filme em uma experiência até certo ponto sensível mas completamente maçante.

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Na trama, acompanhamos uma história entre pai e filho, seus problemas, suas distâncias, suas lembranças. Por meio do resgate de imagens capturadas na antiga e famosa Super-8 captadas pelo seu irmão nos anos 70, André (André Gatti) tenta se conectar com seu pai (Carlos Reichenbach), que há 30 anos espera seu filho desaparecido durante a ditadura militar.

É um tipo de cinema diferente, nada comercial. Sente-se essência, alma mas não consegue transmitir o carisma necessário para boas interações com o espectador. Nos sentimos em uma história jogada, particular, sem nenhum vínculo de ajuda para entendermos melhor os breves mas profundos diálogos. Avanti Popolo é um daqueles filmes que precisamos fazer uso da sinopse oficial para entendermos a história.

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Algumas imagens de arquivo, as relíquias encontradas dentro da casa, o inusitado fato de não poder subir as escadas da casa, esses e outros elementos interessantes deveriam ter sido melhor utilizados pelas lentes de Wahrmann. O maior exemplo, fica na curiosa câmera posicionada imóvel sobre alguma mesa, na sala de estar da casa, dando um ar estilo Big Brother nostálgico as sequências, muitas dessas dizem nada com coisa nenhuma. Sem ter muito mais a dizer, Avanti Popolo é um filme feito para alguém específico, menos para o público.

Transformers: O Lado Oculto da Lua

(Transformers 3: The Dark of the Moon)

 

Elenco: Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley, John Turturro, Ken Jeong, John Malkovich, Patrick Dempsey, Josh Duhamel, Kevin Dunn, Julie White, Frances McDormand, Tyrese Gibson.

Direção: Michael Bay

Gênero: Ação

Duração: 153 min.

Orçamento: US$ 195 milhões

Distribuidora: Paramount Pictures

Estreia: 1º de Julho de 2011

Sinopse:
Os Autobots, liderados por Optimus Prime, estão de volta em ação, em uma luta contra os terríveis Decepticons, que estão determinados a vingar a sua derrota em “Transformers: A Vingança dos Derrotados”. Neste novo filme, os Autobots e Decepticons se envolvem em uma perigosa corrida espacial entre os EUA e a Rússia, e uma vez mais humano Sam Witwicky (Shia Lebouf) tem de vir em auxílio de seus amigo robô. Há também novos personagens, incluindo um novo vilão, Shockwave, um transformer que governa Cybertron enquanto os Autobots e Decepticons se enfrentam na Terra.

Curiosidades:

» Megan Fox não retorna em ‘Transformers: O Lado Oculto da Lua‘. Após a atriz dizer durante entrevista que Bay e Adolf Hitler eram parecidos, o produtor executivo Steven Spielberg o ligou. “Demita-a agora!”, Spielberg odernou a Bay. Em seu lugar, entrou a modelo Rosie Huntington-Whiteley.

» Amanda Seyfried, Anna Kendrick, Gemma Arterton, Ashley Greene, Hayden Panettiere, Vanessa Hudgens, Scarlett Johansson, Mila Kunis, Blake Lively, Carey Mulligan, Emily Blunt, Lucy Hale, Katie Cassidy, Amber Heard, Camilla Belle e Jessica Lowndes estiveram cotadas para entrar no lugar de Megan Fox.

» O roteirista Ehren Kruger (‘A Chave Mestra’, ‘Pânico 3’), que colaborou com o roteiro final de ‘Transformers 2‘, fica responsável pelo terceiro filme.

» O longa foi filmado em 3D.

Trailer:


Cartazes:

Fotos:

 

 

Assista a uma cena de ação de ‘Anjos da Lei 2’

Líder nas bilheterias norte-americanas, a comédia ‘Anjos da Lei 2‘ (22 Jump Street) ganhou um novo trailer legendado.

Channing Tatum (‘Querido John’) e Jonah Hill (‘Superbad – É Hoje’) entram em ação.
Assista:

Depois de enfrentarem o colégio (pela segunda vez), grandes mudanças esperam pelos oficiais Schmidt (Jonah Hill) e Jenko (Channing Tatum) quando eles encaram uma missão infiltrados em uma faculdade local. Mas quando Jenko encontra sua alma gêmea no time de atletismo e Schmidt se infiltra no centro do principal cenário de arte boêmia eles começam a questionar sua parceria. Agora eles não tem apenas que solucionar o caso, mas também tem que descobrir como amadurecer seu relacionamento. Se esses dois adolescentes crescidos puderem se transformar de calouros à homens de verdade, a faculdade pode ser a melhor coisa que já aconteceu com eles.

Chris Miller e Phil Lord (‘Tá Chovendo Hambúrguer’) voltam a dirigir.

A Sony marcou a data de estreia da sequência da adaptação cinematográfica da série de TV ‘Anjos da Lei‘ para o dia 4 de Setembro.

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Daniel Radcliffe diz que ‘Harry Potter’ o tornou alcoólatra

Em entrevista ao Sky Arts, o ator Daniel Radcliffe confessou que se tornou um alcoólatra enquanto filmava ‘Harry Potter‘, e chegava a gravar suas cenas como o personagem sob o efeito da bebida alcoólica.

Segundo o ator, a pressão e a fama o fizeram ficar viciado.

“Vivia com medo de quem iria conhecer, do que as pessoas poderiam dizer sobre mim e e o que poderia ser feito depois disso. Eu tinha a pressão de viver com pensamentos como: ‘E se essas pessoas que dizem que eu não terei uma carreira estiverem certas? E se elas rirem de mim quando eu for parar em uma lista de atores sumidos?’. Então, ficava no meu apartamento por dias, bebendo. Sozinho. Era um jovem de vinte anos recluso. Eu me tornei patético. Aquele não era eu. Sou divertido e educado, mas a bebida me tornou rude”, afirmou.

Radcliffe revelou que parou de beber aos 21 anos, um pouco antes de finalizar o último filme da franquia.

“Aquilo não estava me fazendo feliz como eu queria”, disse.

Apesar do ator culpar a pressão que teve durante as filmagens dos oito filmes da franquia ‘Harry Potter‘, ele reconhece que sua carreira decolou pelo sucesso do personagem.

“As pessoas não me chamam mais de Harry Potter, elas sabem meu nome. Isso é adorável. Sempre vou creditar as oportunidades que recebo hoje ao personagem. Eu não seria uma pessoa feliz se não tivesse passado por aquele sofrimento ao longo de 10 anos”, concluiu.

Recentemente, o ator revelou que gostaria de reprisar seu personagem mais famoso, Harry Potter, em ‘Animais Fantásticos & Onde Habitam’, adaptação do livro de J.K. Rowling ambientado no mundo da magia.

“Acredito que eu não estarei lá, nunca se sabe o que Jo [Rowling] vai escrever. No momento estou na mesma posição que vocês, aguardando mais informações, pois não sei nada sobre os novos filmes”, afirmou.

Como ‘Animais Fantásticos & Onde Habitam’ se passa antes do nascimento de Potter, o ator pensa que Rowling pode acrescentar elementos que liguem o filme à franquia do bruxinho.

“Passou pela minha cabeça algo sobre viagem no tempo. Estou muito curioso com o que ela vai fazer”, concluiu.

Rowling já havia declarado que a história de ‘Animais Fantásticos & Onde Habitam’ se passa 70 anos antes dos eventos da franquia ‘Harry Potter’.

“Mesmo que [o filme] vá ser ambientado na comunidade mundial de bruxos e bruxas onde eu fui tão feliz por 17 anos, ‘Animais Fantásticos & Onde Habitam’ não é nem um prólogo nem uma continuação da série ‘Harry Potter’, mas uma extensão do mundo da magia”, disse a escritora. “As leis e os costumes da sociedade mágica secreta serão familiares a qualquer um que leu os livros de ‘Harry Potter’ ou assistiu aos filmes, mas a história de Newt terá início em Nova York, 70 anos antes da de Harry.”

Idealizado como o início de uma nova franquia, o longa será inspirado no livro ‘Animais Fantásticos & Onde Habitam’ (Fantastic Beasts & Where to Find Them) e nas aventuras do autor fictício da enciclopédia, Newt Scamander.

A franquia ‘Harry Potter’ teve 8 filmes, lançados entre 2001 e 2011, que combinados renderam mais de U$ 7,7 bilhões nas bilheterias do mundo todo.

Tabuleiro de ‘Jumanji’ é recriado na vida real

Quase vinte anos após a estreia de ‘Jumanji‘, 1995, a artesã Gemma Wright recria o tabuleiro do jogo fantástico. O tabuleiro pode ser comprado no site oficial de Wright, mas não traz animais selvagens, plantas assassinas e um caçador de pessoas.

No filme, o jovem Alan Parrish descobre um misterioso tabuleiro de jogo que magicamente o transporta para as desconhecidas selvas de Jumanji por 26 anos, até que duas inocentes crianças, Judy e Peter o libertam do poderoso feitiço do jogo. Agora um adulto, Alan se reúne com sua amiga de infância, Sarah, e com Judy e Peter tenta superar as poderosas forças do jogo nesta criativa aventura que combina efeitos especiais de tirar o fôlego com comédia, magia e arrepios!

Confira:

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Jumanji‘ é estrelado por Robin Williams, Bonnie Hunt, Kirsten Dunst, Bradley Pierce, Jonathan Hyde e Adam Hann-Byrd, e é dirigido por Joe Johnston. Foram gastos em sua produção US$ 65 milhões, com um retorno de US$ 262 milhões em todo o mundo.

Angelina Jolie poderia ter visual bem diferente em ‘Malévola’

O ilustrador conceitual Kelton Cram (‘O Espetacular Homem-Aranha 2’) enviou ao CBM as artes conceituais de ‘Malévola‘ (Maleficent).

Elas apresentam os projetos alternativos que a Disney tinha para o visual da vilã, que acabaram sendo descartados para utilizar a versão que vimos nos cinemas.

[Atualizado]: O ilustrador divulgou uma imagem de como poderia ter sido o visual da jovem Malévola.

Confira:

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Na nossa entrevista abaixo, a atriz Angelina Jolie nos conta como se preparou para o papel.

A história da Bela Adormecida contada através do ponto de vista da vilã, ‘Malévola‘, já está em exibição nos cinemas. O longa já faturou US$ 340 milhões mundialmente.

As 10 Cenas mais Quentes de Angelina Jolie

Uma bela e ingênua jovem com atordoantes asas negras, Malévola leva uma vida idílica, crescendo em um pacífico reino em uma floresta, até que o dia em que um exército invasor de humanos ameaça a harmonia da região. Malévola surge como a mais feroz protetora da região, mas acaba sendo vítima de uma impiedosa traição — um acontecimento que começa a transformar seu coração outrora repleto de pureza em pedra. Determinada a se vingar, Malévola enfrenta uma batalha épica contra o rei dos humanos e, como consequência, amaldiçoa sua filha recém-nascida, Aurora.

Amor Sem Fim

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Clichê: Molde ou vulgaridade que a cada passo se repete com as mesmas palavras. Chavão, Lugar Comum. O novo Amor Sem Fim se encaixa perfeitamente em tais definições. É claro que muita gente não se importa com isso, e que as românticas inveteradas de plantão preferem ver a mesma história repetidas vezes, já acostumadas com a estrutura da cartilha, do que verem apresentado algo que pode não satisfazê-las emocionalmente.

É claro também que quando esta história foi contada pela primeira vez, em 1979, pelo romancista norte-americano Scott Spencer em seu livro, as coisas eram diferentes. A adaptação do livro para as telonas chegava numa época de boom para romances melosos e dramáticos, desses que nos deixam arrasados com o coração doendo ao sairmos da sessão. Love Story havia impactado o público há uma década, e na nova chegavam produções como A Lagoa Azul (1980), filme ícone do romance intenso.

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O tema do romance entre um sujeito de origem humilde se apaixonando por uma jovem da alta sociedade não é novo, no entanto Amor Sem Fim (1981) foi impulsionado fortemente para se tornar um sucesso massificado. Primeiro, contava com a direção do cineasta italiano especialista em Shakespeare, Franco Zeffirelli, responsável por A Megera Domada (1967), Othello (1986) e pela versão mais conhecida de Romeu & Julieta (1968) até então.

Segundo, trazia no elenco a jovem estrela Brooke Shields, que ganhou os holofotes justamente pelo filme A Lagoa Azul, no ano anterior. E terceiro, porque contava com a marcante canção de Lionel Richie e Diana Ross, usada como tema do filme, de mesmo nome. Amor Sem Fim se tornava o grande romance da época nos cinemas. Agora, uma nova versão chega, seguindo a interminável tendência das refilmagens, com a proposta de apresentar a obra para toda uma nova geração. E olhe só, o resultado é, digamos, decepcionante.

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Todos reclamam das refilmagens. Simplesmente pelo fato de existirem. O problema não é esse. O que acontece é que a maioria dos filmes que são repaginados, tinham uma razão de ser para suas determinadas épocas, e tinham o que dizer sobre o período de onde vinham. O comportamento simplesmente era outro. Ou seja, muitas das obras reimaginadas precisam de toda uma nova estrutura para caber na atualidade. Não é aceitável apenas mostrar carros novos e interação através de mídias sociais. A ideia por trás precisa ser remodelada.

É justamente o que ocorre com a nova versão de Amor Sem Fim, um filme que parece saído dos anos 1980, ou quem sabe de antes disso até. Tudo é muito antiquado e parece existir somente em seu próprio universo. O erro maior está justamente onde deveria ser sua maior força, o comportamento da dupla principal. O filme seria muito mais eficiente se mostrasse como dois jovens atuais, em pleno ano de 2014, realmente se comportariam em tais situações.

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Alex Pettyfer vive David Elliot, rapaz de origem humilde, que trabalha como manobrista em um restaurante chique, e estuda na mesma escola da solitária Jade Butterfield, vivida pela bela Gabriella Wilde (substituindo Brooke Shields). Embora vindos de mundos diferentes, a afeição dos dois cresce e o relacionamento surge com a perfeição de um comercial de TV, desses que mostram apenas felicidade e sorrisos. A menina de poucos amigos esconde uma tragédia familiar, com a morte de um irmão. O herói apaixonado igualmente precisou lidar com a traição e abandono da mãe.

Agora, a dupla tem pela frente como maior obstáculo de seu amor, o próprio pai da menina, vivido por Bruce Greenwood, que fará de tudo para afastá-los. Amor Sem Fim não chega a comprometer nossa inteligência, nem mesmo é um filme ruim. Tudo é bem elaborado e a dupla de protagonistas até possui química. O maior problema é justamente a grande falta de originalidade, e o roteiro que segue de perto a cartilha de filmes assim (obviamente o casal irá brigar perto do desfecho, somente para depois se reconciliar). O fato faz do remake algo completamente dispensável, e que mesmo sem assisti-lo você poderia saber de todas as cenas, narrado-as antes de acontecerem. Uma parte de todos nós gostaria de viver em tal conto de fadas.

Adatação do jogo de cartas ‘Magic: The Gathering’ contrata roteirista de ‘Game of Thrones’

A adaptação para os cinemas do jogo de cartas ‘Magic: The Gathering‘ contratou roteirista. Segundo o Deadline, Bryan Cogman foi o escolhido para o trabalho. Em seu currículo tem vários episódios da série sucesso ‘Game of Thrones‘.

A 20th Century Fox vai distribuir o longa nos cinemas, após adquirir os direitos com a Hasbro.

Ao longo dos anos, o enredo de ‘Magic: The Gathering‘ foi adquirindo uma densa e intrincada trama de histórias que versam sobre as cartas lançadas nas várias edições e expansões.

A ideia é criar uma franquia no estilo ‘O Senhor dos Anéis‘. Simon Kinberg (‘X-Men – Dias de um Futuro Esquecido) será o produtor.

A fabricante Hasblo é conhecida por seus jogos de tabuleiro, que incluem ‘Star Wars‘, ‘Stretch Armstrong‘, ‘Battleship‘, ‘Candyland‘, ‘Detetive‘, ‘Monopoly‘ (Banco Imobiliário), ‘Ouija‘, entre outros.

Versos de um Crime

Sucesso nos festivais de Sundance, Veneza e Toronto, a biografia dramática Versos de um Crime (Kill Your Darlings) chega aos cinemas nacionais. Escrito por Austin Bunn e pelo diretor estreante em longas John Krokidas, o filme traz a história real de um famoso grupo de poetas e escritores do movimento beat, ainda na fase de estudantes universitários. O protagonista aqui é Allen Ginsberg, vivido pelo jovem Daniel Radcliffe (Harry Potter). De infância humilde e difícil, o personagem vê a loucura de sua mãe consumi-la até ser internada em um hospital psiquiátrico. Ela é vivida pela veterana Jennifer Jason Leigh (The Spectacular Now).

No local, Ginsberg conhece e se vê completamente cativado por Lucien Carr, vivido pelo jovem ator do momento Dane DeHaan (O Lugar Onde Tudo Termina). Carr é um jovem descolado, que sabe se divertir, e é o propelente de um estilo revolucionário. Entre seus amigos pessoais estão Jack Keuroac (autor de “Na Estrada”), vivido por Jack Huston (da série Boardwalk Empire), e William Burroughs (autor de “Naked Lunch”), vivido por Ben Foster (Contrabando). O novato Ginsberg se sente completamente atraído para esse mundo boêmio, de muita experimentação com entorpecentes, e pensamentos sobre arte. Em trechos,  Versos de um Crime faz lembrar O Talentoso Ripley.

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Ginsberg é alertado por David Kammerer, interpretado por Michael C. Hall (o Dexter, da série), que Carr somente irá usa-lo, e quando estiver realmente apegado, ele o soltará. O sujeito é obcecado pelo rapaz, e é o único que parece saber o real segredo negro que esconde.  Versos de um Crime consegue explorar fortes sentimentos e relações. Somos levados de forma íntima para a vida de tais personalidades libertinas. O diretor estreante imprime grande qualidade em sua primeira obra, que fica com a cara de um trabalho de veterano. A montagem é frenética, e apesar da época, não existe barreira para o público mais jovem se identificar.

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Krokidas faz uma seleção de músicas entusiasmantes pontuando seu cenário. As atuações aqui ficam à altura e são de primeira. Esse é sem dúvidas o papel mais ousado e desafiador da jovem carreira do ator Daniel Radcliffe. O intérprete de Harry Potter é pedido, e se entrega de cabeça em seu retrato do inseguro e sofredor Ginsberg. O resto igualmente corresponde com performances certeiras de Ben Foster, Jack Huston, da ótima Elizabeth Olsen (Oldboy), e da veterana Jason Leigh. Quem consegue pairar acima é C. Hall, brilhante e penoso em seu desempenho de um sujeito que preferia a morte do que viver sem o que achava que era a sua vida.

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A certa altura Versos de um Crime se transforma em algo muito mais sério, quando um crime passional é cometido. Assassinato esse que iria definir para sempre quem seriam todos os envolvidos.  Versos de um Crime é impactante, intenso, e consegue nos transportar imediatamente para uma época específica, e o sentimento ao redor de tal período. Com a atmosfera de produções europeias, o diretor consegue entregar uma obra digna e que faz jus a seus célebres personagens, responsáveis por momentos divisores de toda uma cultura.