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Latitudes

Hoje, eu acordei pensando em você. Quem nunca teve uma grande paixão, um grande amor? Em singelos 82 minutos de fita, o novo trabalho do diretor Felipe Braga, Latitudes, fala sobre o amor, sua ilusões e desilusões. Com locações que variam entre Paris, Londres, Veneza, São Paulo, Porto e Istambul, esse longa-metragem tinha tudo para dar errado, principalmente pela forma como a montagem foi feita, mas acaba encontrando seu porto seguro nas convincentes interpretações dos dois únicos artistas em cena, Alice Braga e Daniel de Oliveira.

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Na trama, acompanhamos uma historia de amor pingado entre uma bem sucedida editora de moda chamada Olívia (Alice Braga) que viaja o planeta por conta de sua profissão e do renomado e requisitado fotógrafo José (Daniel de Oliveira). Cada um deles tem suas vidas pessoais as sempre que se encontram o clima de paixão e amor toma conta, tornando-os pessoas extremamente vulneráveis. Essa duas almas, que não estavam nos planos um do outro a cada novo encontro precisam por fim definir essa conturbada e intensa situação romântica.

Com uma edição diferente, às vezes parece um copia e cola sem direção, os diálogos acabam sendo a única forma de comunicação efetiva dos personagens com o público. E a sorte do filme dirigido por Felipe Braga é que esses diálogos são deveras envolventes, fato que traz a atenção do público para tudo que é apresentado na telona. O entrosamento entre os atores em cena é louvável, há uma naturalidade espontânea que nos faz acreditar que estamos vendo o dia a dia de um casal que já conhecemos.

O charme, a rouquidão e o talento de Alice Braga, cada dia mais linda nas telonas dos cinemas, mais uma vez convence o público. Dessa vez, com uma personagem seca, durona que possui um medo de se jogar de corpo e alma a um amor a artista brasileira brilha a todo instante e de uma vez por todas se coloca como uma das melhores atrizes brasileiras no mundo do cinema. Já Daniel de Oliveira se torna um ótimo companheiro de cena com o seu confuso personagem José, um homem que se apaixona perdidamente e muitas vezes se sente perdido dentro desse amor.

Latitudes é um filme que fala a língua do amor. Quem nunca sofreu por antecedência? Quem nunca teve dúvidas sobre um relacionamento? Quem nunca teve medo de arriscar e se jogar num grande amor? Histórias de amor também duram 82 minutos. Viver é se arriscar. Afinal,um dia lindo em Paris é algo imperdível.

The Lunchbox

As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. E vem da Índia o filme mais delicado do ano até o momento. Escrito e dirigido pelo cineasta indiano Ritesh Batra, em seu primeiro longa-metragem na carreira, The Lunchbox teve uma estreia surpresa no circuito carioca nesta última semana o que fez com que editorias especializadas em sétima arte corressem em pleno fim de semana para as salas de cinema para poder dizer ao público o que esperar dessa surpreendente história. Mesclando comédia, romance e um drama muito bem estruturado, o filme merece aplausos de pé de todo mundo que ama cinema.

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Na curiosa história, conhecemos dois personagens que sofrem por amor, cada um à sua maneira. Saajan Fernandes (interpretado pelo excelente Irrfan Khan) é um homem solitário que está prestes a se aposentar depois de 35 anos na mesma empresa. Já Ila (Nimrat Kaur) é uma mulher que se sente muito sozinha, pois, é rejeitada pelo marido que a trai constantemente.  Quando um equívoco no sistema de entregas de refeições de Mumbai – os Dabbawallahs – acontece, todo almoço preparado por Ila para seu marido vai para Saajan. Assim, essas duas almas carentes por um grande novo amor, constroem juntos um mundo paralelo de amizade, carinho e afeto através de bilhetes deixados nas marmitas nas quais as comidas são entregues. Até que certo dia eles resolvem se conhecer pessoalmente.

A narrativa é sensível, gostosa, leve, engraçada, conquista o primeiro do primeiro ao último minuto com elegância e competência. Nos sentimos nos delicados filmes de Fellini, nas conturbadas situações nos dramas de Truffaut, nas boas e delicadas cenas cômicas de diversas comédias francesas. Ritesh Batra consegue encontrar uma fórmula muito interessante de direção e roteiro encaixando cada personagem de maneira harmoniosa com a história. Esse filme é um daqueles que você paga para ver de novo.

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The Lunchbox chega ao circuito nacional para dizer definitivamente aos preconceituosos de plantão que o cinema indiano pode ser espetacular e não necessariamente precisa de dancinhas esquisitas no final de suas histórias. Mas e se tivesse dancinhas? Qual o problema? É da cultura alegre deles, isso é louvável. Vai dizer que vocês nunca pensaram em dançar junto com o elenco ao final de Quem quer ser um Milionário?

O filósofo alemão Schopenhauer costumava dizer que o destino embaralha as cartas, e nós jogamos. Não é verdade? O filme mostra exatamente isso. Há uma ação do destino mas quem dá o final da história são ações dos personagens. Esse ótimo longa-metragem indiano merece ser conferido por todo mundo que acredita nos seus sonhos. Às vezes, o trem errado vai para a estação certa. Nunca deixe de acreditar nisso!

Ninfomaníaca – Volumes 1 e 2

NÃO É POSSÍVEL LER OS VOLUMES ISOLADAMENTE

Hesitei em escrever sobre Ninfomaníaca – Vol.1 (Nymphomaniac – Vol. 1). É complicado falar de um filme, realmente, divido em duas partes, como Kill Bill. Temos o começo e metade do meio, o que pode gerar interpretações erradas ou até estúpidas, diferente de filmes como as da série Harry Potter, no qual cada filme tem começo, meio e fim. Entretanto, Ninfomaníaca – Vol.2 (Nymphomaniac – Vol. 2) releva outra impossibilidade de ler o Vol. 1 desligado de sua continuação: o segundo desmente o primeiro. Isto só reforça a tese de muitos críticos, de que a separação dos filmes seria obra do próprio Lars Von Trier, diretor, roteirista e marqueteiro do filme.

Aspecto do Vol. 1 mais discutido do que as cenas de sexo foram as digressões de Seligman (Stellan Skarsgård). Puro exibicionismo de Von Trier ou uma maneira de revelar dimensões escondidas da sexualidade? Os fãs gozaram e os detratores viram redundâncias. Acontece que o Vol. 2 apresenta elementos e uma estrutura que desmonta o primeiro filme. Isto apenas confirma as intenções do diretor de realizar a obra em duas partes – aposto que, se fossem exibidas juntas, Von Trier manteria a organização dos capítulos em volumes.

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Ao revelar que é um homem assexuado, Seligman diz que seu prazer está nos livros, no conhecimento, logo, na razão. Joe (Charlotte Gainsbourg) é puro desejo. Razão e emoção; id e superego; repressão e desejo. A dinâmica dos dois filmes se encontra na personalidade das personagens. O Vol.1 é dominado pelo signo de Seligman; o Vol. 2 é dominado pelo signo de Joe.

No lançamento do primeiro filme, cogitei que o excesso de metáforas (algumas curiosas, outras bastantes rasteiras) seria uma forma da estrutura do filme traduzir o lado enfadonho do vício sexual. A quantidade menor de metáforas no Vol. 2, a crítica que Joe faz a uma digressão de Seligman e o final do filme demonstram outra coisa: as comparações de Seligman eram uma tentativa de racionalizar/domar o desejo.

O Vol. 2 tem poucas metáforas e, a maioria, ligada à mitologia católica. Somado ao diálogo entre os dois sobre o politicamente correto, percebe-se muito das intenções de Von Trier. Seligman enxerga o politicamente correto uma forma de respeito às minorias. Joe o vê como uma nova hipocrisia, uma substituição de palavras como fuga dos problemas.

Bingo! Ninfomaníaca é embate entre os desejos do indivíduo e os mecanismos sociais que os limitam. No Vol. 1, as metáforas tentam limitar o desejo. O Vol. 2 debate as consequências desse confronto. O desfecho do filme é essencial para esse entendimento (caso não queira spoiler, pare aqui).

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Após escutar toda a história de Joe, Seligman constata que se os fatos tivessem ocorridos com um homem, a sociedade não ficaria tão chocada, e resume a angústia e os problemas enfrentados por Joe como frutos do machismo. Ele lembra uma fala de Joe, que dizia exigir do sol mais do que ele poderia dar – ou seja, exigia mais do que a sociedade machista permitiria. Somado aos símbolos católicos desconstruídos no filme, conclui-se que a sexualidade feminina ainda é reprimida pela moral machista cristã-ocidental. Não há dúvidas de que Von Trier condena essa moral. Contudo, isso é a superfície da crítica.

Depois desse “diagnóstico”, Joe entende sua condição e alcança uma legítima serenidade, decidindo que irá domar o seu desejo e enxergando Seligman como um verdadeiro amigo – um dos poucos momentos no qual percebemos Joe, verdadeiramente, serena.

No final, Seligman tenta transar com Joe. Ela nega. Com a tela escura, ele diz não entender a negativa, afinal, ela transou com tantos… Joe mata Seligman e vai embora. Fim. Essas contradições confirmam que estamos diante de um filme que trata sobre o desejo individual versus as limitações sociais.

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Seligman diz ser virgem e assexuado, alguém que passou a vida usando a razão para sufocar seus desejos, agora liberados pela narrativa de Joe. Ele simboliza os mecanismos sociais que limitam os quereres do indivíduo – não só os sexuais e nem só a sexualidade feminina: a moralidade, a religião (de qualquer ordem), o machismo, a família, a psicologia/psiquiatria, as ciências, especialmente as sociais e seus teóricos. Também o politicamente correto, o feminismo e sua busca por moldar um tipo de mulher, os movimentos GLBT que, na busca por direitos legítimos, impõem uma pauta comportamental aos homossexuais, as teorias que tentam moldar e remoldar a sexualidade humana (da heteronormatividade-machista às teorias de gêneros que buscam abolir o binômio masculino-feminino). Seligman representa todas essas forças, que, em ultimo grau, buscam limitar os desejos humanos. Quando ele cede, os limites dessas convenções são expostos.

Com o tiro final, Von Trier exibe seu ceticismo com as convenções sociais. Contudo, o diretor é ainda mais amargo. O que resta se retiradas todas as amarras? Joe é o desejo em estado bruto. Buscá-lo a domina. Ela destrói vidas, fere pessoas, desce ao inferno. O filme inteiro expõe os efeitos nocivos dessa busca sem limites. Quem preferir pode debitar tudo na conta do machismo cristão-ocidental. Mas, uma situação como o do capítulo de Mrs. H (Uma Thurman) seria menos triste se Joe fosse homem? Quando um pai abandona mulher e filhos, estes não sofrem? Para não restarem dúvidas, Seligman morre depois de ceder aos seus impulsos. Não se trata apenas da morte das convenções sociais, mas de expor os efeitos nocivos do desejo sem limites.

O velho moralismo machista cristão-ocidental é condenado por Von Trier. Mas, ele vai além. Condena os novos moralismos (politicamente corretos), e qualquer convenção social, para, amargamente, perceber que o que restaria seria um desejo destrutivo. Entre a busca cega pelo gozo e as velhas e novas morais autoritárias e castradoras, o que fica? Pelos momentos felizes de Joe com seu pai (Christian Slater) e pelo sorriso dela ao ver Seligman como um amigo, o afeto verdadeiro é apontado como única tábua de salvação.

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Ninfomaníaca é um filme sobre nossa época, divida entre um narcisismo cheio de vontades e um conjunto de velhos e novos moralismos castradores. Mas não é o melhor filme da trilogia da depressão, cujo Anticristo lhe é superior (aliás, valeria uma interpretação conjunta dos três filmes). Ninfomaníaca tem suas irregularidade e falhas. Shia LaBeouf interpreta Jerome na fase jovem de Joe, com Stacy Martin, e na fase madura, já com Charlotte; na parte final, contudo, o ator Michael Pas assume Jerome, causando estranheza. Este é um exemplo das dificuldades do Vol. 2 em demarcar a passagem do tempo. Contudo, seus problemas não ofuscam o tema central, o embate entre sociedade e desejo.

Andy Serkis vai dirigir filme sobre Mogli

Segundo a Variety, Andy Serkis vai dirigir a nova versão de ‘The Jungle Book’, história que originou ‘Mogli – O Menino Lobo’. Ele ocupa o cargo inicialmente oferecido para o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu (‘Biutiful’, ‘Babel’) e Ron Howard (Rush – No Limite da Emoção), que não assinaram contrato.

Serkis é conhecido por emprestar seus movimentos para Gollum e o símio César.

Trata-se de uma das prioridades do estúdio. O roteiro é da estreante Callie Kloves, filha do roteirista Steve Kloves, que assinou sete filmes da franquia ‘Harry Potter’ para a Warner. Ele participa do projeto como produtor.

O filme é uma adaptação do livro de Rudyard Kipling, lançado no Brasil com o título de ‘O Livro da Jângal’, mas conhecido também como ‘O Livro da Selva’.

A obra reúne várias histórias que narram as aventuras de Mowgli, um garoto órfão que é criado por animais na selva.

O livro de Kipling também serve de inspiração para uma nova produção da Disney, que realizou a animação ‘Mogli’. O longa com atores reais terá Jon Favreau (‘Homem de Ferro 1 e 2’) na direção.

Need for Speed – O Filme

(Need for Speed)

 

Elenco:

Dakota Johnson, Aaron Paul, Michael Keaton, Imogen Poots, Dominic Cooper, Rami Malek, Nick Chinlund, Sir Maejor, Ramon Rodriguez, Kid Cudi.

Direção: Scott Waugh

Gênero: Aventura

Duração: 140 min.

Distribuidora: DreamWorks

Orçamento: US$ 66 milhões

Estreia: 14 de Março de 2014

Sinopse: 

Need for Speed – O Filme‘ marca o eletrizante retorno dos grandes filmes da cultura automobilística das décadas de 1960 e 1970, quando a autenticidade da ação desse mundo atingiu um novo nível de intensidade na tela. Entrando no atraente mito norte-americano das viagens de estrada, a história relata o trajeto quase impossível de costa a costa que empreendem nossos heróis: esta história começa como uma missão que tem como objetivo uma vingança, mas acaba se tornando uma viagem de redenção. Baseado na franquia de videogames de corridas de mais sucesso de todos os tempos, que chegou a vender mais de 140 milhões de cópias,  ‘Need for Speed – O Filme‘ captura a emoção e a liberdade do videogame em um ambiente real, e dá vida a essa paixão pela estrada que transformou nossa paixão por automóveis em algo atemporal.

O filme gira em torno de Tobey Marshall (Aaron Paul), um mecânico que compete com carros de alta potência em um circuito não oficial de corridas de rua. Em sua luta para manter a oficina de sua família funcionando, Tobey hesitantemente se associa ao rico e arrogante ex-piloto da NASCAR Dino Brewster (Dominic Cooper). Mas bem quando Tobey está prestes a fechar uma grande venda com a revendedora de automóveis Julia Bonet (Imogen Poots) que poderia salvar sua oficina, uma corrida desastrosa permite que Dino monte uma armadilha e culpe-o por um delito que ele não cometeu, e pelo qual Tobey é enviado a prisão enquanto Dino continua expandindo seus negócios para o oeste.

Dois anos depois, Tobey é libertado e empreende uma busca por vingança, mas sabe que a única possibilidade de destruir seu rival, Dino, é derrotando-o na pista de alto risco conhecida como De Leon: a competição mais emblemática do circuito de corridas clandestinas. Contudo, para atingir seu objetivo em tempo, Tobey deverá superar um desafio de alta octanagem e cheio de ação, que incluirá escapar da perseguição de policiais de costa a costa e fazer frente a uma recompensa perigosa que Dino ofereceu por seu carro. Com a ajuda de sua leal equipe e da surpreendentemente engenhosa Julia, Tobey supera obstáculos a cada passo e demonstra que, mesmo no mundo suntuoso dos supercarros exóticos, quem sempre perde também pode ganhar.

Curiosidades:

» Em um anúncio de última hora, a DreamWorks revelou que vai lançar ‘Need for Speed‘ ​​em 3D. O filme tem estreia prevista para 14 de março, o que dá ao estúdio apenas 35 dias, à partir de agora, para a conversão. Embora seja possível que eles possam atrasar o lançamento devido à conversão, o estúdio já desembolsou mais de US$ 4 milhões para divulgar o filme e a data de lançamento durante o Super Bowl.

» O ator Aaron Paul (seriado de ‘Breaking Bad’) foi o escolhido para estrelar o filme baseado na série de vídeogames ‘Need for Speed‘. Paul concorria com o pé-frio Taylor Kitsch, que falhou em suas duas tentativas de se firmar como astro em Hollywood: ‘John Carter – Entre Dois Mundos‘ e ‘Battleship – A Batalha dos Mares‘ .

» Dominic Cooper (‘Capitão América: O Primeiro Vingador’) será o coprotagonista.

» Imogen Poots (‘A Hora do Espanto’) será a protagonista feminina, uma jovem e exótica vendedora de carros turbinados extremamente caros, que se engraça com o protagonista.

» Scott Waugh, de ‘Ato de Coragem‘ (Act of Valor), dirige, enquanto John Gatins (‘Gigantes de Aço’) roteiriza.

» A DreamWorks vai distribuir. O estúdio se deu melhor em um leilão em Hollywood, disputado pela Warner Bros., Sony e Paramount.

» O sucesso comercial da série ‘Velozes e Furiosos’ despertou interesse na empresa de games, que pretende produzir o filme.
A Universal Pictures sequer entrou em negociações, já que é dona da franquia concorrente.

» ‘Need for Speed‘ é a mais bem sucedida série de videogames de corridas do mundo, e uma das franquias mais
bem sucedidas de videogame de todos os tempos. Mais de 100 milhões de cópias da série foram vendidos.

» O último jogo da franquia, ‘Need for Speed: The Run‘ foi lançado em 15 de novembro de 2011.

Crítica em Vídeo:

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

Ninfomaníaca – Volume 2

(The Nymphomaniac – Part 2)

 

Elenco:

Charlotte Gainsbourg, Stellan Skarsgård, Stacy Martin, Shia LaBeouf , Jamie Bell, Christian Slater, Connie Nielsen, Willem Dafoe, Jesper Christensen, Jens Albinus, Nicolas Bro, Uma Thurman, Caroline Goodall.

Direção: Lars von Trier

Gênero: Drama

Duração: — min.

Distribuidora: California Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 13 de Março de 2014

Sinopse:

Segunda parte da história erótica de uma mulher, desde seu nascimento até seus 50 anos, contada pelo personagem principal, a auto-diagnosticada ninfomaníaca Joe.
Curiosidades:

» O trailer do drama pornô do diretor Lars Von Trier foi exibido antes do início de uma das sessões da animação ‘Frozen: Uma Aventura Congelante‘ em um cinema na Flórida, Estados Unidos. O trailer voltado para maiores de 18 anos foi exibido para a plateia  formada majoritariamente por famílias com crianças, deixando os pais presentes em estado catatônico. O trailer de ‘Ninfomaníaca‘, banido do YouTube, contém cenas de sexo explícito, sexo oral, violência e sadomasoquismo. O ocorrido aconteceu dia 30 de novembro, e fez com que pais corressem com suas crianças em direção às saídas.

» Nicole Kidman (‘Moulin Rouge’)desistiu de participar de ‘The Nymphomaniac‘, drama pornô do polêmico diretor Lars Von Trier. A atriz abriu mão do papel após ser informada que o projeto teria cenas de sexo reais, e sua personagem poderia participar de algumas. A atriz já trabalhou com o diretor no elogiado ‘Dogville‘.

Crítica em Vídeo:


Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

Justin e a Espada da Coragem

(Justin and the Knights of Valour)

 

Elenco:

Vozes de: Saoirse Ronan, Freddie Highmore, Mark Strong, Antonio Banderas, Barry Humphries, Olivia Williams, Rupert Everett, Alfred Molina.

Direção: Manuel Sicilia

Gênero: Animação

Duração: — min.

Distribuidora: Playarte Pictures

Orçamento: US$ — milhões

Estreia:
14 de Março de 2014

Sinopse:

Justin vive em um reino no qual os burocratas dominam e os cavaleiros estão fora de moda. Ele sempre quis ser um cavaleiro mas seu pai, o conselheiro-chefe da Rainha, quer que o filho siga seus passos e se torne um advogado. Em busca de ajuda, o garoto procura a avó e descobre a história de seu avô, Sir Malleus, que um dia foi o mais nobre cavaleiro do reino e protetor do Rei, até que ambos foram traídos e mortos pelo terrível Vantus. Contra o desejo de seu pai, Justin corre em busca de seus sonhos e começa sua jornada para tornar-se cavaleiro. Em seu caminho, ele vai conhecer a bela e independente Talia e três monges que vão se tornar seus mentores: Sr. Minimus / Mr Taboo e o Turon. Quando Vantus e seus homens retornam para ameaçar o reino, Justin terá que provar seu valor e tentar salvar o dia – exatamente como seu avô faria.

Curiosidades:
» —


Trailer:


Cartazes:

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Fotos: 

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Roteiro de ‘Batman vs. Superman’ não está pronto

O ator Jeremy Irons (‘Dezesseis Luas’), que viverá o mordomo Alfred em ‘Batman vs. Superman‘, falou sobre o projeto em entrevista à rádio Absolute.

Irons foi questionado sobre a diferença de seu Alfred com os anteriores.

“O roteiro ainda não foi completamente finalizado. Nós não começamos a trabalhar ainda. Então será uma surpresa tão grande para mim quanto para vocês”, afirmou.

Ele também comentou a polêmica contratação de Ben Affleck para viver o Batman, e saiu em defesa do ator.

“Acho que a escolha foi uma ideia maravilhosa. Ele é um homem adorável, um ator muito interessante. Estou ansioso para conhecê-lo. Espero que possamos nos divertir”, concluiu.

As filmagens principais de ‘Batman vs. Superman’ terão início em 2014, para um lançamento em 6 de maio de 2016.

Assista a entrevista:

A atriz israelense Gal Gadot, conhecida por interpretar Gisele em ‘Velozes e Furiosos 4, 5 e 6‘, será a Mulher-Maravilha. Ela concorria ao papel com Olga Kurylenko (‘Oblivion’) e Elodie Yung (‘G.I. Joe: Retaliação’).

Jesse Eisenberg (‘A Rede Social’) será Lex Luthor. O elenco contará com a volta dos principais astros de ‘O Homem de Aço’Henry Cavill(Clark Kent), Amy Adams (Lois Lane), Laurence Fishburne (Perry White) e Diane Lane (Martha Kent). Ben Affleck será  Bruce Wayne/Batman.

O diretor Zack Snyder também retorna. O roteiro será novamente de David S. Goyer, que assinou a trilogia ‘Batman’ e ‘O Homem de Aço’.

Christopher Nolan, que dirigiu os três filmes do Homem-Morcego e produziu o do Superman, assume o cargo de produtor executivo.

 

Ninfomaníaca – Volume 2

O que seria da vida sem o prazer? Após um corte seco entre os dois volumes, eis que chega aos cinemas brasileiros a parte final da saga ninfomaníaca de Lars Von Trier. Esse segundo volume se torna aos poucos uma viagem culta nas analogias de citações católicas e figuras ligadas de alguma forma à igreja, a arte e a mitologia. Assuntos polêmicos e interpretações esquisitas para alguns assuntos de senso comum contornarão esse filme que merece ser conferido por qualquer amante da sétima arte.

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Na trama, acompanhamos os últimos três capítulos da saga da ninfomaníaca Joe (Charlotte Gainsbourg/ Stacy Martin), agora muito mais interpretada pela veterana e musa de Von Trier, Srta. Gainsbourg. Já na fase adulta e muito mais madura continua a contar sua trajetória para o bom ouvinte Seligman (Stellan Skarsgård). Entrando em partes muito íntimas de seu passado amoroso, Joe consegue que seu novo amigo se abra cada vez mais e assim o público começa a entender melhor porquê daquela conversa ter sentido aos olhos de Seligman (Stellan Skarsgård). Surge então um confronto amistoso entre a não-sexualidade com a sexualidade, além dos limites do dito comum.

Nessa segunda parte, Lars Von Trier leva o público a uma experiência de autodescoberta. O famoso e polêmico cineasta faz o público questionar suas próprias verdades. Um espírito de exclusão toma conta da personagem principal. Mais madura, começa a dividir da moralidade da sociedade e automaticamente vai ganhando mais força e confiança para entender, e assumir com orgulho quem ela é. Empatia transborda em cena por Gainsbourg.

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Os raios solares vistos nas frisas das janelas, já na despedida dos personagens, mostra que um certo respirar aliviado foi dado a esses personagens. A história tendo começo, meio e fim bem amarrados já deixa o público, mesmo não concordando com algumas verdades ditas, bem satisfeito. A idéia era chocar, tanto pelo sexo explícito, quanto com as famosas teorias absurdas que Von Trier embute em cada trabalho que assina. Seus filmes são diferentes, seu modo de ver o mundo é peculiar.

Navegando pelas dores do sadomasoquismo, nas tristezas/mágoas profundas de uma mulher que vive sua vida em torno de sua trajetória e desejos sexuais, Ninfomaníaca – Vol. 2 se justifica como um bom complemento explicativo para quem curtiu a primeira parte dessa inesquecível história. Não deixem de conferir mais um trabalho autoral desse cineasta completamente louco mas sem dúvidas nenhuma genial.

Jogos Famintos

(The Starving Games)

 

Elenco:

Brant Daugherty, Maiara Walsh, Alexandria Deberry, Cody Christian, Beau Brasseaux, Shawn Carter Peterso, Ashton Leigh, Jerrad Vunovich.

Direção: Jason Friedberg e Aaron Seltzer

Gênero: Comédia

Duração: 83 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ 5 milhões

Estreia: Não Divulgado

Sinopse:

Quando a destemida e habilidosa Kantmiss Evershot se oferece para participar dos ‘Jogos dos Mortos de Fome’, ela traz com ela muito mais do que se esperava… o que inclui Harry Potter, Sherlock Holmes e Os Vingadores.

Curiosidades:

» Jason Friedberg e Aaron Seltzer, roteiristas de ‘Todo Mundo em Pânico‘, roteirizam e dirigem o filme que faz paródia com o sucesso absoluto do último ano, ‘Jogos Vorazes‘. Vale lembrar que eles também são responsáveis pelas bombas ‘Espartalhões‘, ‘Os Vampiros que se Mordam‘ e ‘Uma Comédia Nada Romântica‘ e ‘Deu a Louca em Hollywood‘.

» ‘Os Vingadores‘, ‘Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte II‘ e ‘Sherlock Holmes 2′ também serão parodiados na comédia.


Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

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Azul é a Cor Mais Quente

(La Vie d’Adèle)

 

Elenco:

Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Salim Kechiouche, Aurélien Recoing, Catherine Salée, Benjamin Siksou, Mona Walravens, Alma Jodorowsky, Jérémie Laheurte, Anne Loiret, Benoît Pilot.

Direção: Abdellatif Kechiche

Gênero: Drama/Romance

Duração: 179 min.

Distribuidora: Imovision

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 6 de Dezembro de 2013

Sinopse:

A história acompanha Adèle (Adèle Exarchopoulos), uma garota de 15 anos que descobre, na cor azul dos cabelos de Emma (Léa Seydoux), sua primeira paixão por outra mulher. Sem poder revelar a ninguém seus desejos, ela se entrega por completo a este amor secreto, enquanto trava uma guerra com sua família e com a moral vigente. Diante disso, Adele cresce, procura-se, perde-se, encontra-se…

Curiosidades:

» Grande vencedor da 66ª edição do Festival de Cannes.

» Dirigido pelo franco-tunisiano Abdellatif Kechiche.

Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

Thor 2: O Mundo Sombrio

(Thor 2: The Dark World)

 

Elenco:

Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Idris Elba, Kat Dennings, Ray Stevenson, Stellan Skarsgård.

Direção: Alan Taylor

Gênero: Aventura

Duração: 112 min.

Distribuidora: Paramount Pictures

Orçamento: US$ 120 milhões

Estreia: 1º de novembro de 2013

Sinopse:

Thor: O Mundo Sombrio da Marvel dá seguimento às aventuras no cinema de Thor, o Poderoso Vingador, enquanto ele luta para salvar a Terra e os Nove Reinos de um inimigo sombrio que destrói o universo. Na sequência de acontecimentos de Thor da Marvel e de Os Vingadores – The Avengers da Marvel, Thor luta para restaurar a ordem no cosmo… mas uma antiga raça liderada pelo vingativo Malekith retorna para levar o universo de volta às trevas. Enfrentando um inimigo que nem mesmo Odin e Asgard são capazes de derrotar, Thor precisa embarcar em sua jornada mais perigosa e pessoal, que o reunirá com Jane Foster e o forçará a sacrificar tudo para nos salvar.

Curiosidades:

» Mads Mikkelsen (007 – Cassino Royale), que viveria o vilão, se desligou do elenco de ‘Thor 2‘. O motivo é conflito de agenda: as filmagens acontecerão no mesmo período que as da série ‘Hannibal‘, que ele protagoniza.

» Don Payne, roteirista da bomba ‘O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado‘, é o responsável pelo roteiro.

» Mark Protosevich (‘Eu Sou a Lenda’), responsável pelo roteiro do original, não retorna.

» Kenneth Branagh não retorna à direção. O motivo de sua saída não foi divulgado, mas foi uma decisão amigável.

» O ator Stellan Skarsgard, que interpretou o Dr. Erik Selvig em ‘Thor‘ e ‘Os Vingadores‘, retorna.

» O irlandês Brian Kirk (‘Game of Thrones’) foi o primeiro contratado para a direção, mas se desligou do projeto. Em seu lugar, entrou Patty Jenkins, de ‘Monster – Desejo Assassino‘, que abandonou o filme por diferenças criativas. Agora, a Marvel definiu quem ficará com o lugar deixado. É Alan Taylor, que tem no currículo direção de séries de TV, incluindo episódios de ‘Game of Thrones‘. Ele concorria ao cargo com Daniel Minahan, que tem episódios da mesma série no currículo.

Comic-Con:



Trailer:


Cartazes:

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Fotos:

Bons de Bico

(Free Birds)

 

Elenco:

Vozes na versão dublada: Leandro Hassum e Marcius Melhem. Na versão original: Owen Wilson, Woody Harrelson, Dan Fogler, Amy Poehler.

Direção: Jimmy Hayward

Gênero: Animação

Duração: 91 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ 55 milhões

Estreia: 8 de Novembro de 2013

Sinopse:

Tentando quebrar uma antiga tradição do Dia de Ação de Graças nos EUA, dois perus que não se gostam terão de se unir e embarcar em uma aventura pra lá de inusitada. As aves vão viajar no tempo para tentarem mudar o rumo da história, impedindo assim que o peru se torne um prato tão tradicional entre os americanos.

Curiosidades:

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Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

 

Crô – O Filme

(Crô – O Filme)

 

Elenco:

Marcelo Serrado, Carlos Machado, Ivete Sangalo, Alexandre Nero, Gaby Amarantos, Ana Maria Braga, Carolina Ferraz, Kátia Moraes.

Direção: Bruno Barreto

Gênero: Comédia

Duração: 86 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 29 de Novembro de 2013

Sinopse:

O ex-mordomo e agora entediado milionário Crodoaldo Valério (Marcelo Serrado) decide voltar ao trabalho que exercia antes de herdar a fortuna de sua ex-patroa. Crodoaldo acaba por se interessar por Vanusa Ribeiro que se apresenta como sócia de uma confecção, na qual – nosso herói descobrirá – ela explora mão de obra escrava. Indignado, Crô decide desbaratar a máfia da qual Vanusa é um dos chefes e, neste processo, acaba se interessando pela sorte de uma das “escravas”, Larissa, uma menina de oito anos.

Curiosidades:

» Longa-metragem do personagem Crô (Marcelo Serrado) após o sucesso na novela ‘Fina Estampa‘.

» ‘Crô – o Filme‘ é roteirizado por Aguinaldo Silva e dirigido por Bruno Barreto (O Casamento de Romeu e Julieta). Rodrigo Ribeiro e Maurício Gyboski colaboram no roteiro com Aguinaldo Silva.

» Carlos Machado, o Ferdinand da novela, interpreta Jean-Jacques, irmão gêmeo de Ferdinand e caso do personagem. “A novidade do roteiro é que ele poderá ser o amante secreto de Crô”, afirma.

» Ivete Sangalo e Gaby Amarantos fazem participações especiais no filme.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Fotos:

Refém da Paixão

Aquele bom e velho Folk. Aquela boa e velha história de amor. Baseado no Best-Seller de  Joyce Maynard, o novo filme da ganhadora do Oscar Kate Winslet fala sobre a perda e a reconquista do amor, o carinho pela figura materna, os conflitos da adolescência, tudo isso reunidos de forma leve, delicada, transpirando sentimentos bons. Dirigido pelo competente Jason Reitman (Juno), Refém da Paixão é um projeto para almas românticas.

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A história gira em torno do jovem Henry (Gattlin Griffith), um menino tímido que mora com sua mãe Adele (Kate Winslet) em uma micro cidade no interior dos EUA. Desde que se separou, Adele leva uma vida depressiva e praticamente se isolando cada dia mais da sociedade ao seu redor. Tudo isso muda quando mãe e filho são surpreendidos dentro de um supermercado por um homem ferido que os pressiona por uma carona e acaba seqüestrando os dois. Esse homem chama-se Frank (Josh Brolin), um fugitivo da polícia que possui um passado triste marcado por um ato inconseqüente. Aos poucos esse novo personagem, com exímios dotes culinários, vai conquistando o carinho de mãe e filho que resolvem ajudá-lo a se esconder das autoridades que o procuram.

O filme retrata muito bem o sentimento do filho que sente a solidão da mãe mesmo sem saber direito o que é isso. As mãos trêmulas mostram uma mulher deprimida, arrasada pela vida e que sofre por não conseguir seguir em frente. Personagens com altas doses de drama é sempre uma missão para a Srta. Winslet. A espetacular atriz dá mais um dos seus famosos shows cênicos, domina como poucas a grande tela.

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A trama busca fuga numa compreensível melancolia quando nasce um amor. Dançando rumba, criando receitas para deliciosas tortas de pêssego, o fugitivo e a mãe viram cúmplices, amigos, amantes. Uma relação pura e verdadeira vai se criando bem diante dos olhos atentos do espectador. Emoção é o que não vai falta.

Nunca abandone o espírito de amar o amar. Nunca viva nada pela metade. O filme manda inúmeras mensagens aos sonhadores de plantão, uma delas: você esperaria 20 anos para ter mais 3 dias com quem vocês sabem que nasceu para ser o seu amor? (eu sim J ). Já no desfecho, algumas lágrimas podem brotar em seu rosto, se isso acontecer, não se preocupe! É um choro que limpa a alma e faz bem ao coração.

Alemão

Não existe caminho para a paz. A paz deveria ser o caminho. Mais uma vez falando sobre a violência no Brasil, chega aos nossos cinemas no próximo dia 13 de março (agora é quinta-feira que o circuito muda sua grade de programação), o mais novo blockbuster nacional, Alemão. O filme, alinhado com os moldes hollywoodianos, possui um roteiro instigante e seus personagens conseguem a atenção do espectador do começo ao fim. Dirigido pelo bom diretor José Eduardo Belmonte, o longa-metragem possui apenas um problema, logo com o vilão da história, interpretado pelo ator Cauã Reymond que nem de longe convence no papel.

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Na trama, somos jogados para anos atrás na época da imensa invasão da polícia ao morro do Alemão no Rio de Janeiro. Assim, descobrimos que 5 policiais, que estavam infiltrados entre os traficantes estão escondidos em um esconderijo e sendo perseguidos pelos chefões das máfias locais. Misturando medo, dúvidas e muita apreensão, em um ambiente de total insegurança, os 5 homens precisar se agarrar em sua fé e se unirem para tentarem sair vivos dessa situação. O roteiro (assinado por Leonardo Levis e Gabriel Martins), principal qualidade do filme, possui elementos que deixam a tensão espalhada pela telona ao longo de todos os minutos de fita.

O equilíbrio nos contextos dos personagens é a chave para que todos os atores consigam exectar um ótimo trabalho. Caio Blat e o seu Samuel, um jovem inteligente que acredita nas virtudes de suas corporação. Gabriel Braga Nunes interpreta Danilo e talvez seja o que mais destoa do grupo mas tem papel importante no desfecho. Otávio Muller é Doca, a patente mais alta do grupo mas o responsável por imperdoáveis ações que os levaram a essa situação. Marcello Melo Jr. É Carlinhos, o cara que mais conhece a região mas o que mais todos desconfiam por conta de seu envolvimento amoroso com uma irmã de um traficante. Mas o termômetro da trama é Branco (interpretado pelo excelente ator Milhem Cortaz), todo o filme passa pelos olhos, atitudes e temperamento dele, grande atuação de Cortaz.

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Alemão não tem pretensão de ser melhor que Tropa de Elite ou qualquer outro filme que fala sobre guerra urbana. São histórias completamente diferentes, principalmente porque esse novo trabalho de Belmonte possui um vilão explícito. Por mais que a idéia seja interessante, a história quase desmonta com a atuação muito ruim de Cauã Reymond como Playboy, traficante chefe da favela. O ator global não convence em nenhum momento no papel.

O filme conta também com a ótima presença, mais que especial, de Antonio Fagundes. Não é um absurdo dizer que em uma cena chave, já no final da história, Fagundes lembra muito Tom Hanks em Capitão Phillips, emocionando a todos a sala de cinema. Alemão é um filme de ação que você encontra boas subtramas escondidas e que surpreendem o espectador. Mesmo sendo superficial em sua crítica social, possui outros méritos e por isso merece ser conferido por todos os cinéfilos.

Os 10 Filmes mais Exibidos e Lembrados da “Sessão da Tarde”

Quem tem seus 20 e poucos anos, se lembra eternamente da infância em que passavamos em nossa casa, assistindo à pérolas do cinema na “Sessão da Tarde“, da Rede Globo.

Pode parecer estranho, mas aqueles filmes cheio de besteirols são clássicos em nossa vida, e serão eternamento os filme que mais lembraremos, comentaremos em mesas de bar e nos divertimos até hoje, alugando-os em DVD.

Criada em 1975, a Sessão da Tarde passa um mesmo filme várias vezes. Durante anos, a sessão “eternizou” produções como A Lagoa Azul, Curtindo a Vida Adoidado, Caçadores de Emoção, Os Goonies, Admiradora Secreta, Ghost: Do outro Lado da Vida, De Volta para o Futuro e O Grande Dragão Branco, longas que viraram clássicos dos anos 80 e marcaram toda uma geração durante a década de 90. São também muito comuns as chamadas frases da sessão da tarde. Elas sempre, ou na maioria das vezes, possuem palavras como: do barulho!, loucas, confusão. São na verdade uma maneira de estimular o espectador a assistir aos filmes. As frases são ditas pelos locutores da Globo, Carlos Duarte e David Roque, os quais gravam a maioria das chamadas da Sessão da Tarde. Em algumas oportunidades, como especiais de final de ano, o locutor titular da Globo Dirceu Rabello também faz as chamadas. Veja algumas:

Essa malandrinha vai armar as mais loucas confusões e virar a vida de sua madrasta em um verdadeiro pesadelo!

Essa turminha do barulho vai entrar em cada fria e transformar o colégio em um verdadeiro campo de batalha!

Ele é esperto pra cachorro!

Esse cãozinho endiabrado é osso duro de roer e irá transformar a vida de seu dono em um verdadeiro inferno!

Apertem os cintos, pois esse tremendo maluco vai virar a cidade de pernas pro ar e aprontar pra valer!

Essa dupla da pesada vai deixar a cidade completamente maluca e o baixo astral de lado, pois com eles a confusão anda junta!

Um cara bom de briga, encarando todos os desafios para tentar reconquistar o amor de seu filho.

O policial mais enrolado do mundo entrando em ação. Vai ser um Deus nos acuda!

Ele vai aprontar loucuras que vão dar o que falar!

Tem muita ação e emoção numa aventura eletrizante na Sessão da Tarde.

Foi difícil eleger os filmes mais exibidos e lembrados da “Sessão da Tarde”.

Confira a lista abaixo:

10. A Lagoa Azul (The Blue Lagoon – 1980)

“Richard, quem virou minha cama?”. Quem não se lembra de uma histérica Brooke Shields gritando pela ilha?

No Brasil, o filme possui muita fama por ser exibido inúmeras vezes pela Rede Globo na Sessão da Tarde (assim como a sequênciaremake De Volta à Lagoa Azul). Duas crianças crescem juntas em uma ilha junto de um velho marinheiro, após um naufrágio. Quando o velho morre, as duas crianças têm de se virar sozinhas, e acabam por descobrir o amor. Indicado ao Oscar de Melhor Fotografia, é uma refilmagem de um filme homônimo de 1949.

 

9. Esqueceram de Mim (Home Alone – 1990)

Não existe Natal no Brasil sem a exibição de ‘Esqueceram de Mim’ um dia antes. Em Chicago, uma família inteira planeja passar o Natal em Paris. Porém, em meio às confusões de viagem um dos filhos (Macaulay Culkin), com apenas 8 anos, é esquecido em casa. Assim, o garoto se vê obrigado a se virar sozinho e a defender a casa de dois ladrões.

Sucedido por ‘Esqueceram de Mim 2 – Perdido em Nova York’ (1992) e ‘Esqueceram de Mim 3’ (1997) e o péssimo ‘Esqueceram de Mim 4′. Todos também exibidos na “Sessão da Tarde’

 

8. Quero ser Grande (Big – 1988)

Um dos primeiros, e mais divertidos, filmes de Tom Hanks, é, no mínimo, um clássico.

Josh é um garoto que vai à um parque de diversões e faz um pedido a uma das máquinas do local: ele quer ser grande! Na manhã seguinte, ao acordar, Josg vê que seu pedido foi realizado e ele agora tem a aparência de um adulto (Hanks). Com a ajuda de seu melhor amigo, Josh tentará se adaptar ao mundo dos adultos: arrumará um emprego e terá seu primeiro encontro com uma mulher (Perkins). Como ele irá encarar este mundo que lhe é tão estranho? E, será que um dia ele voltará a ser criança?

 

7. Gremlins (Gremlins – 1984)

Rand Peltzer (Hoyt Axton) é um “inventor” que, ao tentar dar um presente natalino único para seu filho, Billy Peltzer (Zach Galligan), compra em Chinatown um Mogwai, um ser aparentemente gracioso. Mas o dono, um velho chinês, não queria vendê-lo por dinheiro nenhum, pois ter um Mogwai envolve muitas responsabilidades. Entretanto, o neto do ancião o vende por duzentos dólares e diz as regras essências para ter um Mogwai: nunca colocá-lo diante de uma luz forte e muito menos na luz solar, que pode matá-lo; nunca molhá-lo e, a regra principal, nunca o alimente após a meia-noite, mesmo que ele chore ou implore. Rand ouve o aviso sem dar a devida importância e leva o Mogwai para sua casa em Kingston Falls, uma pequena cidade. Paralelamente, Billy trabalha como caixa de banco e sofre com as exigências de Ruby Deagle (Polly Holiday), uma cliente igualmente rica e antipática. Além disto tem de aturar o pedante Gerald (Judge Reinhold), que quer usar sua posição para conquistar Kate Beringer (Phoebe Cates), a namorada de Billy.

Quando Billy recebe o presente fica maravilhado, mas as regras não são respeitadas. Assim, quando é molhado o Mogwai se multiplica assustadoramente e, alimentados após a meia-noite, se tornam criaturas más, que aterrorizam a cidade.

Seguido por ‘Gremlins 2 – A Nova Turma’ (1990).

 

6. Um Tira da Pesada (Beverly Hills Cop – 1984)

A ação está a toda nesta agitada comédia estrelada por Eddie Murphy, como Axel Foley, um esperto tira de Detroit que está em Beverly Hills à caça do assassino de seu melhor amigo. Ele logo percebe que seu estilo selvagem não combina com a polícia de lá, que destaca dois policiais (Judge Reinhold e John Ashton) para assegurar que as coisas não fujam do controle. Obrigado a levar os dois caretas junto com ele, Axel; detona um tremendo choque cultural em sua rápida e hilariante busca por justiça. Com breves participações de Paul Reiser, Bronson Pinchot e Damon Wayans, Um Tira da Pesada é uma aventura desvairada!

Precedido por ‘Um Tira da Pesada’ (1984) e ‘Um Tira da Pesada 2’ (1987).

 

5. Conta Comigo (Stand by Me – 1986)

Em uma pequena cidade florestal do Oregon, quatro amigos – o sensível Gordie (Wil Wheaton), o durão Chris (River Phoenix), o destemido Teddy (Corey Feldman) e o acovardado Vern (Jerry OConnell) – estão à procura do corpo de um adolescente desaparecido. Querendo ser heróis diante dos amigos e aos olhos da cidade, eles partem numa inesquecível viagem de dois dias que se transforma em uma odisséia de autodescoberta. Eles fumam escondidos, contam casos assustadores e descobrem que precisam ficar unidos e encontrar forças que nem imaginavam possuir. Conta Comigo é um filme raro e especial sobre a amizade e as indeléveis experiências do crescimento.

Cheio de humor e suspense, o filme é baseado no romance “O Corpo”, de Stephen King.

 

4. Sem Licença Para Dirigir (License to Drive – 1988)

Corey Haim e Corey Feldman dominam esta lista.

Les e Dean são típicos adolescentes americanos que não imaginam a vida à pé. Tudo que eles querem é tirar logo a carteira de motorista e sair com as garotas. Les é reprovado no exame, mas mesmo assim sai com o carro do avô, numa noite inesquecível.

 

3. Os Goonies (The Goonies – 1985)

O mais clássico de todos. E também o mais memorável.

Um grupo de garotos auto-denominados “Os Goonies” estão prestes a serem despejados de suas casas, caso seus pais não consigam pagar uma elevada hipoteca. Dias antes da execução da hipoteca, os goonies encontram um legítimo mapa de um tesouro que pertenceu ao famoso pirata Willy Caolho. Agora, o grupo partirá em busca do tal tesouro para conseguir pagar as dívidas de suas famílias. Mas no caminho, eles terão que passar pela quadrilha dos Fratelli e pelas engenhosas armadilhas que protegem o cobiçado tesouro.

 

2. Os Garotos Perdidos (The Lost Boys – 1987)

Corey Haim e Corey Feldman juntos novamente, neste filme incrível que ganhará uma sequência este ano.

O Jovem Sam (Corey Haim) e seu irmão mais velho adolescente (Jason Patric), eram adolescentes comuns até se mudarem para a pacata Santa Carla, Califórnia. Coisas estranhas começam a acontecer misteriosamente. Michael está agindo de fgorma estranha, talvez porque seus novos amigos liderados pelo enigmático David (Kiefer Suterland) não sejam nada comuns. Eles são vampiros dispostos a aproveitar a vida, curtir a noite e transformar Michael no mais novo membro de seu grupo.

 

1. Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off – 1986)

Matthew Broderick também se tornou um clássico da “Sessão da Tarde”. Ele está presente em, pelo menos, um a cada vinte filmes exibidos.

No último semestre do curso do colégio, estudante (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com a namorada (Mia Sara), seu melhor amigo (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor (Jeffrey Jones) do colégio e de sua própria irmã (Jennifer Grey).

É isto aí, uma viagem maravilhosa aos anos 80 e 90, demonstrando que nenhum filme exibido hoje na “Sessão da Tarde” consegue o mesmo sucesso destes filmes-pipoca, divertidos e únicos.

Angelina Jolie em novo cartaz de ‘Malévola’

Malévola‘ ganhou um novo cartaz e duas imagens.

O longa traz a história não contada da vilã mais icônica da Disney, do clássico de 1959, ‘A Bela Adormecida’. Uma bela e ingênua jovem com atordoantes asas negras, Malévola (Jolie) leva uma vida idílica, crescendo em um pacífico reino em uma floresta, até o dia em que um exército invasor de humanos ameaça a harmonia da região. Malévola surge como a mais feroz protetora da região, mas acaba sendo vítima de uma impiedosa traição — um acontecimento que começa a transformar seu coração outrora repleto de pureza em pedra. Determinada a se vingar, ela enfrenta uma batalha épica contra o rei dos humanos e, como consequência, amaldiçoa sua filha recém-nascida, Aurora (Elle Fanning). Conforme a menina cresce, Malévola percebe que Aurora é a peça essencial para estabelecer a paz no reino — e para a sua própria felicidade.

O longa estreia nos cinemas Brasileiros em 29 de maio de 2014.

Confira:

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A direção é de Robert Stromberg, que venceu Oscars de Melhor Direção de Arte por ‘Avatar’ e ‘Alice no País das Maravilhas’. Ele também trabalhou nos efeitos visuais de diversos filmes, como ‘Jogos Vorazes’, ‘As Aventuras de Pi’ e ‘2012’.

O orçamento da superprodução é de US$ 200 milhões.

Brenton Thwaites (‘Lagoa Azul: O Despertar’) vive o Príncipe Phillip. O elenco também conta com Sharlto Copley (‘Elysium’), Sam Riley (‘Na Estrada’), Imelda Staunton (‘Harry Potter e a Ordem da Fênix’), Peter Capaldi (‘Guerra Mundial Z’), Miranda Richardson (‘Harry Potter e o Cálice de Fogo’), Juno Temple (‘Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge’) e Lesley Manville (‘Segredos e Mentiras’).

 

Mais uma possível foto de Ben Affleck no set de ‘Batman vs. Superman’

Uma possível imagem de Ben Affleck caracterizado como o Batman em ‘Batman vs. Superman‘ caiu na internet.

A imagem surgiu inicialmente no Instagram, antes de ser divulgada no ComicBookMovie. Parece ser uma foto de uma foto, o que torna ainda mais difícil de descobrir se é ou não legítima. Mesmo que seja apenas uma imagem criada por fã, vale à pena adiantar o que pode ser o novo visual do herói.

[ATUALIZADO]: O SuperHeroMovies divulgou mais uma possível imagem de Affleck no set. Será?

O que vocês acham? Verdadeiro de falso?

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As filmagens principais de ‘Batman vs. Superman’ terão início em 2014, para um lançamento em 6 de maio de 2016.

A atriz israelense Gal Gadot, conhecida por interpretar Gisele em ‘Velozes e Furiosos 4, 5 e 6‘, será a Mulher-Maravilha. Ela concorria ao papel com Olga Kurylenko (‘Oblivion’) e Elodie Yung (‘G.I. Joe: Retaliação’).

Jesse Eisenberg (‘A Rede Social’) será Lex Luthor, e Jeremy Irons (‘Dezesseis Luas’) viverá o mordomo Alfred. O elenco contará com a volta dos principais astros de ‘O Homem de Aço’Henry Cavill(Clark Kent), Amy Adams (Lois Lane), Laurence Fishburne (Perry White) e Diane Lane (Martha Kent). Ben Affleck será  Bruce Wayne/Batman.

O diretor Zack Snyder também retorna. O roteiro será novamente de David S. Goyer, que assinou a trilogia ‘Batman’ e ‘O Homem de Aço’.

Christopher Nolan, que dirigiu os três filmes do Homem-Morcego e produziu o do Superman, assume o cargo de produtor executivo.

 

Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Depois de Hitchcock e Marilyn Monroe, Walt Disney volta à vida na produção de um sucesso da sétima arte

Neste fim de semana estreiam dois “quase filmes do Oscar”. O termo se refere ao fato de que tais filmes geravam grandes expectativas de indicações em diversas categorias no período que precedeu seu lançamento, principalmente na maior delas – melhor filme. Porém, terminaram renegados a indicações menores. O primeiro deles é justamente este Walt nos Bastidores de Mary Poppins, título nacional terrível para Saving Mr. Banks.

Considerado o O Artista do ano passado, o filme prometia arrasar, cativando os membros da Academia com seu teor agridoce e uma história diretamente ligada ao mundo do cinema. No roteiro escrito por Kelly Marcel e Sue Smith, conhecemos a fundo a verdadeira batalha travada por Walt Disney (interpretado de forma certeira por Tom Hanks) para conseguir os direitos cinematográficos sobre a obra Mary Poppins, da escritora P.L. Travers (papel de Emma Thompson).

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Este também prometia ser o ano do veterano Tom Hanks. O ator dono de dois Oscar na categoria principal esteve presente em dois grandes momentos no cinema em 2013, Capitão Phillips e neste Walt nos Bastidores… . Embora o primeiro tenha entrado na categoria principal, Hanks ficou duplamente de fora. No entanto, o Disney de Hanks é coadjuvante para a impactante e minuciosa atuação de Thompson como a escritora amargurada por um trauma de infância.

O filme também pode ser analisado do ponto de vista psicológico, estudando como um trauma em nossos primeiros anos de vida define quem seremos para sempre. A obra do diretor John Lee Hancock intercala sua narrativa com dois momentos no tempo: a infância da pequena Pamela e sua vida adulta, com o pseudônimo já adotado. No primeiro momento temos apenas drama e certa doçura, ao lidarmos com um pai sonhador (e alcoólatra), vivido de forma correta por Colin Farrell e o seu relacionamento especial com a filha.

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No segundo momento, quase todo levado num tom cômico, vemos como isto afetou a vida da mulher sisuda e nem um pouco agradável. O cineasta, que em 2010 fez sucesso no Oscar ao entregar o meloso e superestimado Um Sonho Possível, é um especialista nos gêneros, mas aqui não erra na mão com o açúcar. Hancock acerta ao deixars seus atores comandarem o show. É inegável também a qualidade superior do segmento passado no presente do filme. Afinal, uma família que sofre pelos devaneios do patriarca não é nenhuma novidade e aqui é realizada de uma forma no limite do aceitável.

Na década de 1960, Disney e Travers finalmente chegaram a um acordo que permitiria ao magnata adaptar o livro extremamente popular da britânica. Durante mais de uma década o poderoso empresário americano lutou para fazer do livro um filme. Essa era uma promessa feita a sua filha. Travers precisando de dinheiro resolve aceitar. Porém, tudo precisará acontecer nos termos específicos da irredutível mulher.

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A britânica Thompson, que na década de 1990 era uma das artistas mais proeminentes do cinema (com direito a um Oscar de Melhor Atriz por Retorno a Howards End e outro de melhor roteiro por Razão e Sensibilidade – além de mais três outras indicações), volta ao topo e leva nas costas (basicamente) esta produção. Como resultado, a atriz recebeu diversas indicações, incluindo no Globo de Ouro. Já o filme, foi lembrado apenas por sua trilha sonora no Oscar. Para os cinéfilos, qualquer obra que retrate um fato histórico ligado diretamente à produção de um clássico do cinema é garantia de ingresso. O que tem acontecido repetidas vezes em filmes desse (novo) subgênero é a forma como a romantização, principalmente dos personagens, acaba por sobrepujar a grandiosidade do acontecimento principal.