terça-feira, abril 23, 2024

Exclusivo | Julia Rezende, diretora de Depois a Louca Sou Eu: “Sou apaixonada por Amélie Poulain, busquei referências…”

A parceria entre Julia Rezende e Tati Bernardi tem história. Desde a série Meu Passado me Condena (2012), as duas já demonstram uma sintonia reforçada em mais dois filmes. Antes mesmo de Depois a Louca Sou Eu chegar às livrarias em 2016, Júlia manifestou a vontade de realizar um filme. O resultado chega às telonas neste 25 de fevereiro de 2021. Este é o sétimo longa-metragem da jovem diretora, responsável pela comédia romântica Ponte Aérea (2015) e a comédia criminal Como é Cruel Viver Assim (2018), além da série Coisa Mais Linda (2019-2020), da Netflix.

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Se você gosta de um humor irônico e responsável, a adaptação é ideal para discutir questões pertinentes e tratar com leveza temas pesados, como melancolia, angústia e a dependência de medicamentos. Sem mais delongas, confira os destaques da nossa entrevista EXCLUSIVA com a diretora Julia Rezende. Ela fala sobre o processo de trazer ao público a trajetória da publicitária Dani Teixeira (Débora Falabella) às voltas com a mãe Silvia (Yara de Novaes), seu sonho de tornar-se escritora e os relacionamentos amorosos, além de lidar com as crises de pânico. 

Falas de Julia Rezende:

Com a Tati [Bernardi], eu espero ter uma parceria longeva, a gente se dá muito bem. Eu tenho uma grande admiração pelo talento dela e pela forma que ela expõe assuntos geracionais.”

A adaptação desse livro foi um desafio enorme. Foi uma das adaptações mais difíceis que eu vivi na minha carreira. Eu senti que eu precisava de um roteirista experiente que conseguisse traduzir o que de melhor tinha no livro, ao mesmo tempo criando uma narrativa com começo, meio e fim, já que não existia no livro. O livro tem uma personagem e situações muito boas, mas que não tinha uma história que pudesse ser contada no cinema.”

As cenas de sexo do filme, por exemplo, buscam uma verdade, buscam uma honestidade com o que a gente vive. Quando precisa ter nudez, tem nudez. Quando o sexo não é para ser sexy, ele também é [dessa forma]”. 

Eu sou apaixonada por Amélie Poulain. É um filme que eu adoro, que me marcou. [A referência] não foi tanto das cores [vermelho e verde], mas o que a gente buscou no Amélie Poulain é a questão das [lentes] grandes angulares nos closets. Eu acho que isso traz a sensação de hipérbole, de exagero e ajuda a gente a sentir que está muito perto do que a personagem está pensando”. 

Entrevista completa EM VÍDEO, confira:

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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