sábado, abril 27, 2024

Oscar 2023 | Nossas PREVISÕES dos Indicados – Parte 2

Continuamos com nossa série de matérias sobre as previsões dos indicados ao Oscar 2023, com a segunda parte agora. Estamos em meados do mês de setembro e até o anúncio oficial dos indicados ao maior prêmio da sétima arte, o Oscar, no início de 2023, muita água ainda irá rolar. Com o fim do TIFF, o Festival de Cinema de Toronto, se encerra o círculo dos grandes festivais do ano – já tendo visto passar Sundance, Berlim, Cannes e Veneza – um forte termômetro para a época de premiações, de onde saem muitos dos favoritos da corrida pela estatueta nas mais diversas categorias. Sim, ainda é muito cedo para dizer com certeza, mas os burburinhos são reais. Destes eventos extremamente prestigiados, muitos filmes conquistaram aplausos de pé dos críticos e do público presente. Esse carinho certamente chega até os votantes da Academia.

No entanto, como dito, até o início do ano que vem muito ainda irá mudar, e grandes favoritos de hoje podem vir a perder momento dando lugar a outros fortes candidatos ganharem força mais para frente. É realmente uma corrida. No fim das contas, como não cabe a nenhum de nós decidir ou sequer votar, tudo não passa de especulação. Mas uma especulação baseada em relatos e fatos, que movem a indústria. Enfatizando mais uma vez, como não temos bola de cristal, alguns dos filmes badalados neste momento podem nem vir a ser indicados (como é comum acontecer) e outros que não estão sendo comentados atualmente podem vir a surgir surpreendendo a todos.

Seja como for, resolvemos entrar na brincadeira como de costume – este ano um pouco mais cedo – graças aos recentes trailers de Babilônia e Os Fabelmans (dois fortes favoritos atualmente) e trazer até você alguns dos possíveis indicados nas mais variadas categorias do Oscar 2023, numa série de matérias, cada uma contendo 10 filmes dignos de estarem na corrida. Confira abaixo mais dez.

Leia também: Oscar 2023 | Nossas PREVISÕES dos Indicados – Parte 1

Tár

Sucesso no badalado Festival de Veneza deste ano, este drama de três horas de duração vem sendo enaltecido como o novo tour de force da grande Cate Blanchett, que estrela o filme, e deve colocar a atriz novamente como uma das favoritas pelo prêmio de melhor intérprete feminina no Oscar, após as duas vitórias por O Aviador (2004) e Blue Jasmine (2013).  Tár é escrito e dirigido pelo também ator Todd Field, sendo seu terceiro longa como realizador, após os Oscarizados Entre Quatro Paredes (2001) e Pecados Íntimos (2006). Na trama, Blanchett e Field criam a biografia musical da personagem fictícia Lydia Tár, considerada uma das grandes compositoras e regentes do mundo. O épico pode vir a descolar indicações de melhor filme, diretor e algumas categorias técnicas, mas é quase certo sair mesmo com a nomeação da protagonista.

A Mulher Rei

Ao que tudo indicava A Mulher Rei seria um blockbuster de ação com um fator histórico importante usado como pano de fundo, que o assemelhava ao prestigiadíssimo Pantera Negra ao tratar de um país africano como tema central. Daí veio a reação do público e dos críticos na estreia do longa no Festival de Toronto 2022, e tudo mudou em relação ao filme, agora enaltecido como forte concorrente ao Oscar, dono de elogios rasgados da imprensa. A protagonista Viola Davis é praticamente garantida de sua nomeação, e o filme sobre uma tribo de mulheres guerreiras, pode ainda ocupar a vaga no Oscar que foi do citado filme da Marvel em 2019, postulando o prêmio principal.

Ela Disse

Não deixe de assistir:

Já estava até demorando. O movimento #metoo mudou a forma como a indústria do cinema se comporta em relação às mulheres. Os assédios sexuais foram combatidos e derrubaram muitos poderosos. Esse movimento de empoderamento feminino ganhou diversas produções com tal mentalidade e agora finalmente recebemos o filme do #metoo propriamente. Baseado nos livros escritos pelas jornalistas do New York Times Megan Twohey e Jodi Kantor, vividas por Carey Mulligan e Zoe Kazan, que foi o ponto zero para desmascarar todos os abusos. Com um fervor desses em sua narrativa, Ela Disse tem tudo para emplacar nas principais categorias do Oscar 2023.

The Banshees of Inisherin

O cineasta Martin McDonagh escreveu seu nome em Hollywood ao cair nas graças da Academia há cerca de 5 anos quando entregou o vencedor do Oscar Três Anúncios para um Crime. Desde então o mundo ficou à espera de seu próximo trabalho e ele finalmente chegou com este drama cômico exibido em Veneza e Toronto. Na trama, McDonagh se reúne com seus protagonistas do hilário In Bruges (Na Mira do Chefe), Colin Farrell e Brendan Gleeson, vivendo dois ex-melhores amigos até que um deles resolve interromper subitamente a amizade, numa zona campestre da Irlanda. O hype já é grande para o novo trabalho do cineasta no Oscar.

Women Talking

A cineasta Sarah Polley é uma das vozes mais originais do cinema independente norte-americano. Também bastante conhecida como atriz, Polley não realizava um longa como diretora há exatos 10 anos. Esse ano ela volta com uma história muito pessoal, feminina e tocante. Baseado no livro de Miriam Toews, o elenco traz um timaço encabeçado por atrizes como Frances McDormand, Rooney Mara, Claire Foy e Jessie Buckley, vivendo um grupo de mulheres de uma comunidade religiosa isolada, precisando se reconciliar com sua fé. Polley também adapta o roteiro, e as expectativas são bem altas para a época de premiações.

Triangle of Sadness

Todo ano, a época das premiações, e em especial do Oscar, nos traz os melhores filmes da temporada. Muitos cinéfilos inclusive passam o ano todo dormentes para correr atrás do que assistir justamente quando ocorre esse burburinho de filmes badalados. E um dos queridinhos recentes das premiações é o cineasta sueco Ruben Östlund, dono de uma visão única e surreal, que anda na tênue linha do caricato, da crítica social, do humor ácido e do politicamente incorreto. O diretor tem no currículo filmes como Força Maior (2014) e The Square – A Arte da Discórdia (2017), e esse ano entrega uma história sobre um cruzeiro para ricaços, que sai muito errado. Quem conhece os filmes do diretor sabe bem o que esperar.

Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo

Surpresa agradável do início do ano, esse filme se tornou uma obra adorada pelos fãs e críticos, enaltecido como um dos (ou quem sabe “o”) melhores esforços narrativos dos primeiros seis meses de 2022. Na mesma época do lançamento de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, da Marvel, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo estreou e abordou um tema parecido, o do multiverso, mas aqui feito com muita criatividade, muito mais possibilidades e usando o conceito de forma, digamos, mais séria e convincente. Conclusão, tem grandes chances de cair nas graças dos votantes da Academia também.

Nada de Novo no Front

O representante da Alemanha para o Oscar 2023 é a terceira versão de um drama de guerra clássico, que teve sua origem em 1930 – num filme em preto e branco. Depois disso, um remake foi produzido em 1979. Agora, mais de quarenta anos depois, a Netflix é quem tira do papel mais uma reimaginação do clássico. Alguns entusiastas já chegam a garantir sua indicação na categoria de filme estrangeiro, quem sabe seguido de vitória. Sem dúvida é uma superprodução, que mostra o terror de um soldado alemão durante a Primeira Guerra Mundial. Existe inclusive falatório de que o longa descole indicações em outras categorias além da mais óbvia.

Decision to Leave

Os países asiáticos têm dominado também as últimas premiações do Oscar, para além das bilheterias cada vez mais gordas e que fazem frente aos blockbusters hollywoodianos. Em edições recentes do Oscar, vimos longas como Parasita (2019) e Drive My Car (2021) chegando até a categoria principal de melhor filme conquistando suas nomeações. Esse ano, a Coreia de Sul pode voltar aos holofotes com o drama Decision to Leave, novo trabalho do diretor Park Chan-wook, de Oldboy (2003) e A Criada (2016). A trama acompanha a investigação de assassinato realizada por um detetive num remoto vilarejo. Ele começa a se apaixonar pela viúva da vítima, considerada a principal suspeita do crime.

Bardo

Finalizando a nova lista, mas não menos importante, temos o mais recente filme do queridinho da Academia Alejandro Iñarritú. O cineasta mexicano tem no currículo filmes como os recentes e badaladíssimos Birdman (2014) e O Regresso (2015), sucessos absolutos em seus respectivos anos no Oscar. Dessa vez, no entanto, o diretor resolve voltar às raízes e realizar um longa em seu país de origem, totalmente falado em espanhol. Podemos inclusive dizer que, assim como Spielberg em Os Fabelmans, Inãrritú cria sua própria biografia ao falar sobre um renomado jornalista e cineasta documentarista que depois de subir ao topo do mundo, resolve retornar ao seu país de origem. Ele está tendo uma crise existencial e decide se reconectar com sua identidade, sua família e suas memórias. Ou seja, seu novo filme continua metalinguístico. Só faltou o personagem principal se chamar Ilejandro Añarritú.

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