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Crítica | Festa no Céu (2)

A mística dos sonhos românticos, ano após ano, quando desenterrada, fazem toda a diferença. Produzida pelo craque do cinema Guilhermo Del Toro, a comédia romântica que utiliza técnicas de animação Festa no Céu é um filme que será taxado, facilmente, como fofo. Além da melosidade dos simpáticos personagens, o roteiro consegue ser competente o suficiente para oferecer diversão e reflexão para todas as idades.

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Esta ótima animação, bem romântica por sinal, traz de volta aos cinemas o polêmico universo das touradas. Assim conhecemos o Julio Iglesias das touradas, Manolo, um jovem confiante e corajoso que é apaixonado pela bela Maria. Manolo é íntegro em seu modo de pensar e sempre sofre bullying de todos por não querer machucar os tourinhos que desafia. Até que um dia, por força de uma aposta de duas figuras místicas, Manolo vai para o céu mas logo percebe que seu lugar é entre os vivos, por isso, embarca em uma divertida aventura de volta ao nosso mundo para, entre outras coisas, lutar por seu grande amor.

Com um enredo repleto de canções, Festa no Céu pode ser considerado um semi-musical animado. O protagonista, usa todo seu charme na música, ecoando a voz de romântico sempre acompanhado de seu inseparável banjo. A interpretação de uma adaptação da música Creep da banda Radiohead é maravilhosa! Sem dúvidas o número musical mais legal da fita!

O poder da música, a força do coração, a coragem para vencer os medos… esse belo projeto cheio de efeitos, personagens desenhados com traços diferenciáveis, explora muitos conceitos que vemos aos montes em nosso cotidiano. Além de tudo, consegue com maestria ser um filme para todas as idades. Não perca essa deliciosa viagem pela história da família Sanchez que, mal ou bem, pode parecer com a minha ou a sua.

Scarlett Johansson pode estrelar adaptação hollywoodiana de ‘Ghost In the Shell’

A adaptação live-action do cultuado mangá ‘Ghost In the Shell‘ pode ser estrelada por Scarlett Johansson, a Viúva Negra nos filmes da Marvel.

Segundo o Deadline, a DreamWorks já ofereceu o cargo de protagonista para a atriz, apesar de Margot Robbie (‘O Lobo de Wall Street’) ter sido associada ao projeto há pouco tempo.

Rupert Sanders (‘Branca e Neve e o Caçador’) foi contratado para dirigir a versão cinematográfica.

Criada por Masamune Shirow em 1989, os quadrinhos já inspiraram jogos, uma série animada e dois animes (animações japonesas) em longa-metragem, dirigidos por Mamoru Oshii. No Brasil, os animes foram rebatizados como ‘O Fantasma do Futuro’.

Ambientada na primeira metade do século 21, a trama gira em torno do Setor de Segurança Pública 9, especializado em combater crimes cibernéticos. A protagonista é a Major Motoko Kusanagi, uma ciborgue à procura de um hacker conhecido como Pupper Master (Mestre das Marionetes).

Este é um projeto que o cineasta Steven Spielberg (‘Lincoln’) está desenvolvendo há muito tempo, através de seu estúdio DreamWorks, que distribuiu ‘Ghost In the Shell 2: Innocence’. A companhia tem planos ambiciosos de filmar o longa em 3D.

A nova versão do roteiro é de William Wheeler (‘O Vigarista do Ano’, ‘O Relutante Fundamentalista’).

A produção é de Ari Arad e Avi Arad, que trabalharam juntos em ‘Homem de Ferro’, e Steven Paul, que colaborou com Ari nos dois ‘Motoqueiro Fantasma’.

Não há cronograma definido para o filme.

Ghost In the Shell O Fantasma do Futuro

Crítica | Festa no Céu

Cultura mexicana vendida para as massas

O ano de 2014 está bem servido de animações. Além de produtos vindos de grandes estúdios, como Lego (Warner), Peabody & Sherman (Dreamworks), Rio 2 (Fox), Como Treinar o Seu Dragão 2 (Dreamworks) e Aviões 2 (Disney), temos neste segundo semestre produções de estúdios menores e mais interessantes. No início do mês, o estúdio Laika, especializado em stop-motion, lançou sua nova obra, Os Boxtrolls. Agora é a vez da animação produzida pelo prestigiado Guillermo del Toro (Círculo de Fogo).

O cineasta mexicano, forte representante de seu país em Hollywood, banca a ideia do diretor Jorge R. Guitierrez e leva ao grande público a cultura e folclore do México. Apresentado literalmente na forma de uma aula, na qual uma guia conta a história para crianças americanas, Festa no Céu usa como trama o popularizado triângulo amoroso entre seus protagonistas. Além disso, o filme tem como tema o dia dos mortos, e seus mundos do além vida (crença entranhada na cultura do país).

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Maria, Manolo e Joaquin são amigos de infância. Desde cedo os rapazes disputam o amor da menina. Na fase adulta, já uma jovem formosa, Maria (voz de Zoe Saldana no original) retorna para a cidade após completar seus estudos. Lá, ela encontra o pomposo Joaquin (voz de Channing Tatum no original) como o chefe da guarda cheio de coragem, medalhas e único capaz de liderar a resistência contra a iminente ameaça de um grande vilão. E também Manolo (voz de Diego Luna no original), um jovem com crise existencialista, já que deseja ser músico ao contrário da tradição da família de toureiros.

Temos também a parte sobrenatural da história, com a inclusão de figuras como La Muerte (voz de Kate del Castillo no original), soberana do reino dos “Lembrados”, e Xibalba (voz de Ron Pearlman no original), governante da terra dos “Esquecidos”. Trata-se do céu e purgatório respectivamente. Neste trecho, a obra remete ao elogiado filme de Tim Burton, A Noiva Cadáver (2005), na forma como trata o animado mundo dos mortos.

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As entidades, antigas amantes, fazem joguetes com as vidas dos protagonistas através de apostas. La Muerte garante que Manolo terminará com Maria, já o trapaceiro Xibalta deposita suas fichas em Joaquin, inclusive dando-lhe certa vantagem. Festa no Céu pulsa com energia. O filme é recheado de cores vibrantes e uma animação única. É difícil para quem assiste a muitos filmes ser surpreendido, principalmente no que diz respeito a animações, mas a obra entrega justamente isso, algo extra e com muita alegria.

A obra produzida por del Toro aposta no diferencial, entregando um design estranho e peculiar, seja de seus personagens como dos cenários e criação de cenas. Existe inclusive espaço para a criatividade musical, ao reproduzirem diversas canções de sucesso e atuais na forma de músicas latinas de mariachis, dentre as quais uma que se destaca é Creep do Radiohead. Qualquer filme mirado ao público mais novo que se dê a esse trabalho tem o meu voto de confiança.

Crítica | Fúria

Uma pistola para Nicolas Cage

Deus abençoe Nicolas Cage! No auge de seus 50 anos, o sobrinho de Francis Ford Coppola, duas vezes indicado e vencedor do Oscar por Despedida em Las Vegas (1995), faz de tudo menos ficar sem trabalho. Nos últimos anos, voltou a uma superprodução em Motoqueiro Fantasma 2, obteve sucesso de público dublando a voz do protagonista na animação Os Croods, e de crítica com o filmaço sério e ainda inédito por aqui, Joe.

Fúria, seu novo trabalho, não se encaixa em nenhuma categoria citada e é essencialmente mais uma produção B no acervo do curioso ator. O filme é uma mistura de Sobre Meninos e Lobos (2003) e o recente O Protetor (com Denzel Washington), dadas as devidas proporções. Aqui Cage é Paul Maguire, ex-criminoso reformado, chefe de uma família aparentemente perfeita, e atual assessor do prefeito. Seu passado volta para assombrá-lo quando membros de uma gangue russa invadem sua casa e sequestram sua filha adolescente (papel da bela e carismática Aubrey Peeples).

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Assim, ao lado de dois ex-comparsas, o protagonista irá despejar toda a sua “fúria” nos responsáveis e em quem encontrar pelo caminho. O filme é um veículo de ação para Cage, altamente esquecível, recheado de clichês do gênero e com diálogos embaraçosamente sofríveis. O que chama a atenção é o fato de tais filmes do repertório do ator continuarem encontrando espaço nos cinemas brasileiros. Ligado no automático, o protagonista faz sua melhor cara de quem não tem vergonha em descontar um belo cheque, em troca de entregar isto para o público.

Entre tiros e brigas, Cage tenta não se descabelar muito. Aqui fazendo uso de um penteado que reforça sua falta capilar. Sentimos que Cage almeja sair da mesmice em duas cenas específicas, nas quais exibe traços daquele Cage insano que costumávamos ver em obras esquisitas de seu começo de carreira. Ele grita, repete aceleradamente a mesma frase para um inimigo moribundo, e faz cara de louco durante uma luta. Mas Fúria, que no original leva o nome de uma pistola russa (Tokarev), não permite que o ator se liberte das amarras impostas por um roteiro mundano e sem brilho, que entrega justamente e somente o que este tipo de público quer ver.

À Queima Roupa

(À Queima Roupa)

 

Elenco:

Documentário

Direção:  Theresa Jessouroun

Gênero:  Documentário

Duração:  90 min.

Distribuidora: Downtown Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 16 de Outubro de 2014

Sinopse:

Documentário investigativo que mostra a violência e a corrupção da polícia do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos, apresentando os fatos mais emblemáticos deste período do ponto de vista dos familiares, testemunhas, sobreviventes e demais envolvidos diretamente nos casos, como advogados, promotores e juízes. O filme parte da Chacina de Vigário Geral de 1993, culminando com execuções cometidas em nome da lei em 2012 e 2013. Os fatos são apresentados através de entrevistas, imagens de arquivo e cenas ficcionais que reconstroem a memória dos sobreviventes das chacinas.

Curiosidades:

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Trailer:

 

Cartazes:

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Ilha dos Lêmures: Madagascar

(Island of Lemurs: Madagascar)

 

Elenco:

Morgan Freeman.

Direção:  Benjamin Eicher, Timo Joh. Mayer

Gênero:  Documentário

Duração:  50 min.

Distribuidora: IMAX

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 16 de Outubro de 2014

Sinopse:

Um lugar real que você nunca poderia imaginar. Estranhas criaturas que você nunca esquecerá. Filmado com câmeras IMAX® 3D, Ilha dos Lêmures: Madagascar leva o espectador em uma jornada espetacular para o remoto e maravilhoso mundo de Madagascar. Lêmures chegaram em Madagascar como náufragos milhões de anos atrás e evoluíram em diversas espécies, agora sob risco de extinção. Junte-se a cientista pioneira Dra. Patricia Wright em sua missão de vida para ajudar estas estranhas e adoráveis criaturas a sobreviverem no mundo moderno.

Curiosidades:

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Trailer:

 

Cartazes:

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Na Quebrada

(Na Quebrada)

 

Elenco:

Felipe Simas, Jorge Dias, Daiana Andrade, Domenica Dias, Jean Luis Amorim, Emanuelle Araujo, Claudio Jaborandy, Eucir de Souza.

Direção:  Fernando Grostein Andrade

Gênero:  Drama

Duração:  94 min.

Distribuidora: Downtown Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 16 de Outubro de 2014

Sinopse:

Até que ponto o passado dos seus pais determina o seu futuro? Quem cresce na marginalidade tem o direito de sonhar e mudar o seu futuro?

Baseado em histórias reais surpreendentes e inspiradoras, “Na Quebrada” revela a luta de jovens que cresceram entre armas, sangue e muito perrengue, para mudar suas vidas. Zeca sobreviveu à uma chacina. Gerson nunca viu seu pai fora das grades. Monica é diferente de todos da sua família. Junior explode tudo o que tenta consertar. Joana sonha com a mãe que nunca conheceu. O que acontece quando essas vidas são tocadas pelo cinema e os jovens decidem desafiar o destino?

Curiosidades:

» O elenco conta com Emanuelle Araujo, Gero Camilo e detentos da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey que integram o grupo de teatro Do Lado de Cá.

 

Trailer:

 

Cartazes:

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Crítica | O Juiz

Não se engane com o cartaz deste drama. O Juiz não é apenas um filme do subgênero “tribunal”, mas uma narrativa que dialoga com dramas familiares, sendo assim, um enredo cheio de histórias paralelas, orquestradas com bom humor e um excelente trabalho de direção de David Dobkin, mais conhecido pelos trabalhos em Penetras Bons de Bico (2007) e Bater ou Correr em Londres (2005). Com o versátil Robert Downey Jr e o veterano Robert Duvall no elenco principal, adornado pelas participações brilhantes de Vera Farmiga e Billy Bob Thornton, O Juiz também é um daqueles filmes produzidos na intenção de brilhar na tal festa mais “famosa” (não diria mais importante, porque de fato não é) do cinema: a cerimônia do Oscar.

O filme, repleto de flashbacks e cenas de impacto memorialista, nos apresenta um advogado prepotente e suntuoso: ele se acha o melhor do pedaço, possui um belo carro, bem como uma linda esposa e uma casa espetacular. O padrão perfeito do que se convencionou chamar american way of life. Mas na realidade, é tudo uma fachada, como você perceberá no caminhar da narrativa: o casamento não vai bem, o protagonista vivencia constantemente dramas pessoais envolvendo a família, em especial, o pai, interpretado na medida por Robert Duvall, um homem igualmente prepotente, mandão e cheio de valores ultrapassados no que tange os padrões de vida estadunidense da contemporaneidade.

O império deste advogado vai ruir ainda mais: logo no começo do filme, enquanto defende um caso no qual o personagem gaba-se da tamanha vantagem diante dos argumentos da promotoria, recebe uma mensagem através do celular, pedindo-lhe urgência: a sua mãe faleceu, a sua presença no funeral é solicitada, bem como a necessidade de enfrentar os problemas do passado, reencontrar a família, amores do passado, lembranças em constante fade: ora felizes, ora tristes, contempladas por um excelente trabalho de direção, numa narrativa que ganha mais valor pelo cuidado diante dos enquadramentos, movimentos e planos de câmera, montagem e direção de arte exemplares e roteiro equilibrado, assinado a quatro mãos por Bill Dubuque e Nick Schenk.

Olhado através do prisma da famigerada originalidade, O Juiz reelabora alguns arquétipos, modela o enredo para os padrões dramáticos que o Oscar adora: uma família disfuncional, com doenças chegando para vitimar alguns, acidentes para desmotivar outros, num jogo entre encenação e mixagem de som que solicita ao espectador o derramamento de lágrimas. Mas isso não é ruim. Aí é que está o argumento desta trama: mesmo tomando como ponto de partida situações que consideramos os chavões do cinema, O Juiz consegue alcançar o seu lugar com dignidade. Pretensioso aos extremos, mas disse os motivos que lhe trouxeram. E mais, busca radiografar a sociedade estadunidense como ela talvez seja: conflituosa diante dos valores capitalistas, demonstrando, inclusive, certa frieza diante dos fatos cotidianos, haja vista o envolvimento da nação em tantos conflitos bélicos ao longo do século XX (só para ser modesto e traçar um recorte).

Ao passo que o filme trafega, percebemos que a narrativa não traz nada de novo, mas consegue capitalizar em torno de boas ideias. Esse é o grande saque que nem todos os produtores estão atentos, afinal, quantos filmes situados em um tribunal nós temos disponíveis? Vários. Os clássicos 12 homens e uma sentença e Testemunha de Acusação são “assumidades” dentro deste subgênero. Cher, em 1987, já foi advogada no ótimo Sob Suspeita, Sandra Bullock já foi assistente de um advogado em Tempo de Matar, Tom Hanks já foi vítima da homofobia em Filadélfia, e a lista, por sinal, é imensa e não cabe aqui: filmes no tribunal ou sobre alguns aspectos da área de Direito são produzidos à exaustão todos os anos. No que tange aos aspectos da família disfuncional, Meryl Streep e Julia Roberts protagonizaram um duelo similar ao apresentando em O Juiz, no drama Álbum de Família. O filho que retorna para resolver questões pendentes do passado está presente praticamente todo ano no mercado, tanto nas exibições em salas de cinema, quanto nos diversos lançamentos direto para o mercado de DVD e Blu-ray. A já citada Sandra Bullock retorna para o interior dos Estados Unidos em Quando o amor acontece, drama romântico lançado em 1997, após humilhação pública oriunda da traição do marido. Trazendo novamente para a relação pais e filhos, podemos observar que é constante esta reflexão na seara cultural: em séries como Will e Grace e Sex and The City, os pais são sempre vistos como algo digno de vergonha, um estorvo, uma pedra no sapato dos personagens. Sem querer recorrer aos estereótipos, mas dando margem para isso, inevitável em minha reflexão, diria que este é um tema constante nas produções e um caso para estudo mais aprofundado, quem sabe, na seara do academicismo. Sendo assim, voltando ao aspecto “originalidade”, tão comentado por outros críticos e alguns espectadores durante a espera para a sessão do filme, a questão aqui não é a produção ser inovadora, mas saber se adequar dentro de um padrão de mundo pós-moderno, com tradição narrativa milenar, cheio de histórias já contadas, em muitos casos, muito bem contadas.

Com 142 minutos de duração, diria que O Juiz é um bom filme. Isso vai contra os meus princípios em relação às reflexões sobre o que realmente é uma crítica de cinema, um texto onde chamamos o filme para dançar, dialogamos com ele e entregamos algumas observações abertas, nunca definitivas, estas, que estarão mais próximas da completude, não definitivamente, claro, com o seu senso crítico como leitor e espectador. Assista, reflita e, se possível, retorne para um diálogo saudável: a indústria cinematográfica e a crítica precisam disso, ou seja, de reflexão, de debate e constante circularidade entre produtores (diretores, atores, estúdios), comunicadores (nós críticos) e espectadores (vocês, leitores). A crítica que diz a você assista ou não assista deveria estar morta: ao decidir o que você deve fazer, adentra no seu pensamento e guia as suas escolhas. E daí, surge a pergunta: é isso que você quer para você, caro leitor do CinePOP?

 

Série de exorcismo de Eli Roth contrata sua protagonista

‘South of Hell‘, série de exorcismo produzida pelo cineasta Eli Roth (‘O Albergue’, ‘Cabana do Inferno’), encontrou sua protagonista.

Segundo o Deadline, Mena Suvari (‘Beleza Americana’) foi a escolhida para o papel, da exorcista e caçadora de demônios possuída Maria Abascal, que reside na Carolina do Sul. Ela luta contra Abigail, o demônio que a possui, pelo controle de sua alma, enquanto o alimenta com o mal que ela exorciza dos outros.

A atração terá James Manos Jr., o criador de ‘Dexter‘, como produtor principal. Além de dirigir o episódio piloto, Roth também assumirá a produção executiva ao lado de Jason Blum, produtor das franquias ‘Atividade Paranormal’ e ‘Sobrenatural’.

South of Hell‘ será a segunda produção original do canal pago americano WeTV. A primeira temporada, com oito episódios, estreia em 2015.

Crítica | Intocáveis

Entrou em cartaz nos cinemas brasileiros o filme francês Intocáveis. A produção vem fazendo muito sucesso mundo afora e é inclusive o filme mais visto nos EUA nesse ano de língua não inglesa. Atualmente o filme que já rendeu bastante dinheiro, conseguiu atrair mais de 40 milhões de espectadores para as salas de cinema de todo o mundo.

Quem for conferir pode ir sem medo que provavelmente vai gostar bastante da produção que é muito bem feita.

O filme é baseado em uma história real sobre a relação entre um milionário tetraplégico e o seu enfermeiro. No Brasil junto com o lançamento do longa chegam dois livros: O SEGUNDO SUSPIRO – livro que baseou o filme, escrito pelo próprio Phillippe Pozzo di Borgo – (Ed. Intrínseca) e VOCÊ MUDOU A MINHA VIDA (Ed. Record) – versão da história do enfermeiro argelino Abdel Sellou sobre as aventuras que emocionaram o público na França e que o próprio Philippe Pozzo di Borgo assina o prefácio.

A produção é comandada por Olivier Nakache e Eric Toledano. A dupla já fez outros filmes juntos em especial Apenas Bons Amigos, produção de 2005 estrelada por Gérard Depardieu. Assim como Intocáveis, esta película aborda um bromance, um roteiro que enfoca na relação de amizade masculina. Este é o 1° sucesso internacional da dupla que já levou alguns prêmios na produção de curtas.

No filme somos apresentados a história de Philippe (François Cluzet) um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático. De início eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro.

Intocáveis é uma produção de qualidade, um filme realmente muito bom e gostoso de assistir. É uma película muito bem filmada, intimista e bastante agradável. Os minutos da produção passam voando, especialmente pela boa qualidade da edição. A trilha sonora casa perfeitamente com todas as cenas e as atuações também são muito boas. Não pude conferir outros filmes do Omar Sy mas achei ele um ator de mão cheia, a sua atuação cativa muito o espectador e denota todo o tom cômico-sério do longa.

A história de amizade e cumplicidade construída entre Driss e Philippe também é bastante tocante, mas não é piegas ou forçada. As coisas transcorrem na tela com uma naturalidade e simplicidades impar. Isto gera no espectador uma sensação muito agradável enquanto este acompanha a jornada transformadora que passam junto com os personagens da película. Intocáveis é um filme para todos, dos mais novos aos mais velhos e dificilmente não vai agradar alguém. Cinema francês de extrema qualidade, que deve ser conferido e prestigiado pelos amantes da 7ª arte.

‘A Sogra’ vira série de TV

A Sogra‘, comédia estrelada por Jennifer Lopez e Jane Fonda em 2005, será transformada em série de TV pela Fox.

Chamada ‘Monster-in-Law‘ (mesmo título do filme original), a série terá seu episódio piloto escrito por Amy Harris, a criadora de ‘The Carrie Diaries’, e John Riggi (’30 Rock’). Os roteiristas também servirão como produtores executivos ao lado de Chris Bender e J.C. Spink. As informações são do Deadline.

No longa, Charlotte ‘Charlie’ Cantilini (Lopez) finalmente encontra o homem dos seus sonhos, o Dr. Kevin Fields (Michael Vartan), mas acaba descobrindo que a super protetora mãe dele, Viola (Fonda), é a mulher dos seus pesadelos.

O seriado se baseará levemente na produção original, ao explorar o mundo de casais infelizes enquanto mostra as alegrias e os horrores da paternidade. A versão televisiva de ‘A Sogra‘ focará o desafiador relacionamento entre uma recém-casada com sua terrível sogra.

Esta é a segunda adaptação de um filme para a TV anunciada pela New Line Cinema depois de ‘A Hora do Rush‘, que recebeu encomenda de episódio piloto pelo canal CBS.

A Sogra‘ teve um moderado sucesso de bilheteria, ao arrecadar US$ 154,7 milhões pelo mundo para seu orçamento de US$ 43 milhões.

Conheça a história de origem da Mulher-Maravilha em ‘Batman v Superman’

A origem da Mulher-Maravilha em ‘Batman e Superman: Alvorecer da Justiça‘ foi revelada pelo Badass Digest.

O produtor Charles Roven disse à publicação que o filme adaptará a história de origem da heroína contada na saga ‘Os Novos 52’, da DC Comics.

Nos quadrinhos – e no longa – Diana é uma semideusa, criada por Zeus e Hipólita (rainha das Amazonas) a partir da alma de uma mulher assassinada – da mesma forma que todas as amazonas são concebidas.

Hipólita a moldou em barro e deu a essa figura a alma de sua filha não nascida. Tal escultura ganha vida e se transforma em Diana, recebendo ainda habilidades dos deuses.

Como ‘Batman e Superman‘ pretende modernizar as histórias de seus heróis, essa história sobre a criação da Mulher-Maravilha será tratada no filme como uma lenda.

Mulher-Maravilha original diz o que pensa do novo uniforme da heroína

Em ‘Batman e Superman: Alvorecer da Justiça‘, Ben Affleck será Bruce Wayne/Batman. Jeremy Irons (‘Dezesseis Luas’) viverá o mordomo Alfred. A atriz israelense Gal Gadot, conhecida por interpretar Gisele em ‘Velozes e Furiosos 4, 5 e 6‘, será a Mulher-Maravilha. Ela concorria ao papel com Olga Kurylenko (‘Oblivion’) e Elodie Yung (‘G.I. Joe: Retaliação’). Jesse Eisenberg (‘A Rede Social’) será Lex Luthor. O elenco contará com a volta dos principais astros de ‘O Homem de Aço’: Henry Cavill (Clark Kent), Amy Adams (Lois Lane), Laurence Fishburne (Perry White) e Diane Lane (Martha Kent).

O roteiro foi escrito por Chris Terrio (‘Argo’) com supervisão de  David S. Goyer, que assinou a trilogia ‘Batman’ e ‘O Homem de Aço’. O diretor Zack Snyder retorna.

Ben Affleck sempre foi a primeira opção para viver o Batman, diz produtor

Recentemente, a Warner Bros. alterou a data de estreia de ‘Batman v Superman: Dawn of Justice para evitar confronto com ‘Capitão América 3‘ nas bilheterias. De maio de 2016, o filme foi adiantado para 25 de março do mesmo ano.

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“O Brasil é minha segunda casa”, diz Guillermo Arriaga

O mexicano Guillermo Arriaga, roteirista de sucessos como Amores Brutos, 21 Gramas e Babel, e diretor de Vidas que se cruzam, passou pelo Festival do Rio para lançar seu mais recente projeto, o filme Falando com Deuses (Words with Gods), que teve première mundial no Festival de Veneza, em setembro. O longa, que tem como tema a religião, é dirigido por Arriaga e outros nove diretores de nacionalidades diferentes – entre eles o brasileiro Hector Babenco e o espanhol Alex de la Iglesia – e é o primeiro de uma série de quatro filmes coletivos com temas distintos.

Antes de receber o prêmio FIPRESCI de Personalidade Latino-Americana do Ano, Arriaga conversou com o CinePOP. Simpático e falando em português, o cineasta contou que aprendeu o idioma para fazer o seu episódio no filme Rio, Eu te Amo.

“Eu queria falar a mesma língua da equipe e dos atores”, disse, acrescentando que ficou muito feliz quando foi convidado para o projeto. “Eu amo o Rio. Conheço bem a cidade, adoro Santa Tereza. Também já fui a São Paulo. O Brasil é minha segunda casa, gosto de estar aqui, então aprendi português ouvindo as pessoas. Você acha que falo bem?”

Diante da minha afirmativa de que o português dele é muito bom, Arriaga se empolga e comenta sua participação no Festival do Rio.

“Estou orgulhoso de apresentar meu filme aqui, e também grato pela homenagem. Ano passado nesta época estava na cidade filmando Rio, Eu te Amo e é bom estar de volta”.

Sobre Falando com Deuses, Guillermo Arriaga, que é ateu, esclarece que o filme vai além da religião.

“Cada vez mais temos que tratar desse assunto. Guerras acontecem por causa de assuntos religiosos. E não deveriam, porque a religião é para unir, não para separar”.

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Questiono se ele acha que, no mundo atual, as pessoas estão se apegando mais as religiões, e ele concorda.

“As coisas estão difíceis então cada um se agarra em algo. E a religião é uma possibilidade de segurança para muita gente. Pessoas que precisam ter alguma coisa para acreditar.”

Os próximos três filmes da série já têm seus temas definidos: sexo, política e o consumo de substâncias ilícitas ou não.

“São temas profundos e senti a necessidade de explorá-los de forma colaborativa, pelo olhar de diretores que admiro e que possuem uma marca própria”, contou Arriaga, acrescentando que não vai repetir os diretores em nenhuma das produções.

Ex- parceiro do também mexicano Alejandro Gonzalez Inarritu (Birdman), com quem formou uma das duplas de roteirista/diretor mais importantes do cinema, Arriaga – que também é escritor – não gosta de falar sobre o rompimento dos dois. Diante da gentileza do cineasta, não toco na ferida, mas pergunto se ele pretende continuar dirigindo, ou se, algum dia, poderá escrever um roteiro para outro cineasta dirigir. A resposta vem com toda a educação que o mexicano mostrou ao longo dos 15 minutos de entrevista.

“A vida é muito curta. Agora que eu produzo e dirijo meus próprios filmes, não vou entregar meu roteiro para outro dirigir e dizer que o filme é só dele. Eu prefiro escrever minhas histórias, produzi-las e dirigidas. Deu certo uma vez, então farei isso sempre”, encerra, com um sorriso.

 

 

Fotos: Rogério Resende/R2Foto

Franquia ‘Anjos da Noite’ ganhará novo filme com Kate Beckinsale e série de TV

Além do recém-anunciado spin-off de ‘Anjos da Noite, estrelado por Theo James (‘Divergente’), a franquia tem mais um derivado a caminho.

O diretor Len Wiseman anunciou a novidade durante entrevista ao IGN, na Comic-Con de Nova York. Apesar de Kate Beckinsale, a estrela da série, ter indicado no passado que não retornaria a esse universo, Wiseman (marido da atriz) confirmou que “outro filme está sendo desenvolvido, e possivelmente com Kate”.

Não foi informado se o próximo ‘Anjos da Noite‘ será uma sequência oficial da franquia ou de fato mais um derivado. O que é certo é que dois filmes virão por aí.

Theo James reprisará o papel do vampiro David, introduzido em ‘Anjos da Noite: O Despertar‘, no quinto filme. Antes divulgado como reboot, o longa agora funcionará como uma expansão do universo de vampiros e lobos, que também ganhará uma série de TV.

Veja a entrevista de Wiseman, anunciando as novidades da franquia:

A franquia de ação e horror foi inaugurada em 2003, apresentando Kate Beckinsale como a vampira Selena, presa numa guerra entre vampiros e uma raça superior de lobisomens, conhecida como Lycans.

Mais três sequências vieram nos anos seguintes: ‘Anjos da Noite – A Evolução‘ (2006), ‘Anjos da Noite 3: A Rebelião‘ (2009) – a única que não contou com a presença de Beckinsale – e ‘Anjos da Noite: O Despertar‘ (2012).

Os quatro filmes arrecadaram juntos US$ 458,2 milhões pelo mundo.

‘Resident Evil’ e ‘Os Instrumentos Mortais’ vão virar séries de TV

A produtora Constantin Films está planejando levar duas de suas franquias, ‘Resident Evil‘ e ‘Os Instrumentos Mortais‘, para a TV.

Segundo a Variety, a ideia é começar a trabalhar em um seriado de ‘Resident Evil‘ após o lançamento do sexto e último filme. Como a atração deve continuar o legado da franquia de zumbis, é esperado o retorno de alguns personagens originais, inclusive da heroína Alice (Milla Jovovich).

Também segue em desenvolvimento ‘Arklay, série com atores inspirada nos filmes e games de ‘Resident Evil‘, que vai girar em torno das investigações do detetive James Reinhardt sobre bizarros crimes que acontecem na cidade do título – uma versão de Raccoon City. ‘Arklay‘ não terá conexões com a série de ‘Resident Evil‘.

Recentemente, Resident Evil 6‘ foi adiado por tempo indeterminado, em função da gravidez de Jovovich, que está esperando o segundo filho do diretor da franquia, Paul W.S. Anderson. As filmagens devem recomeçar entre julho e setembro de 2015.

Já ‘Os Instrumentos Mortais‘ não terá continuidade no cinema e rumará para a TV, depois do fracasso do primeiro filme nas bilheterias.

Inspirado na série de livros de Cassandra Clare, o blockbuster teve orçamento de US$ 60 milhões e arrecadou míseros US$ 31 milhões nos EUA. Com o fraco desempenho, a Constantin Films adiou o início das filmagens da sequência, ‘Os Instrumentos Mortais: Cidade das Cinzas’, que aconteceriam no final do ano passado, mas agora o projeto está definitivamente cancelado.

A série de ‘Os Instrumentos Mortais‘ será produzida por Ed Decter (‘Helix’, ‘The Client List’) e começa a ser gravada em 2015.

Não há informações se o spin-off seguirá de onde o longa original parou ou se reiniciará a franquia na TV.

‘Os Caça-Fantasmas’ ganhará versão feminina

O diretor Paul Feig cedeu um entrevista a Entertainment Weely explicando a escolha de um time de mulheres como protagonistas da sequência/reboot/rekame de ‘Os Caça-Fantasmas‘. Feig recentemente foi confirmado como roteirista e diretor do terceiro filme de ‘Os Caça-Fantasmas,

“A Sony e Ivan [Reitman, diretor dos primeiros filmes] entraram em contato comigo há alguns meses, e eu estava meio indeciso [em assumir o filme] pelo fato dos outros dois serem clássicos. E quem você coloca no lugar de Harold [Ramis], que morreu? Sei que Bill [Murray] não quer participar e eu adoro Dan [Aykroyd]. Então eu não sabia o que fazer. Depois almocei com Amy Pascal [CEO da Sony Pictures] e ela disse que ninguém queria fazer o filme. Realmente era algo muito difícil, porque já se passaram 25 anos [desde Caça-Fantasmas 2], e como é que se volta num mundo com todos estes fantasmas, sem estragar tudo? Mas isso ficou martelando a minha cabeça nos dias seguintes, porque ‘Os Caça-Fantasmas’ é um ótimo filme, e eu queria ver mais um. E meu lance favorito é trabalhar com mulheres divertidas”, afirmou.

“Então pensei: por que não um elenco com mulheres? E se a gente fizesse tudo novo? Minha mente explodiu com a possibilidade. E eu quero levar os fantasmas para os dias atuais, o nosso mundo, onde há toda essas histórias sobre fantasmas mas onde não são críveis.”, continua.

O cineasta depois comentou se o reboot terá ligações com os filmes anteriores.

“Queremos nos divertir fazendo conexões com o que veio antes, mas não queremos ficar presos a isso. Katie [Dippold, roteirista] e eu temos ideias bem divertidas. Então, acredito que teremos espaço suficiente para brincar com estas ligações com o passado. Queremos fazer piadas inteligentes, mas vamos fazer isso de uma forma moderna.”

Por fim, Feig adiantou um pouco o que esperar do novo ‘Os Caça-Fantasmas‘.

“É uma forte história de origem, e bem real, tão real quanto pode ser uma história de fantasma. Faremos um filme assustador e divertido.”

Emma Stone foi convidada pela Sony a estrear mas rejeitou a proposta. A atriz interpretaria uma personagem chamada Anna.

A roteirista Katie Dippold foi contratada para revisar o roteiro do novo ‘Os Caça-Fantasmas‘. Ela assinará o recomeço da franquia ao lado de Feig, repetindo a parceria que a dupla fez na comédia ‘As Bem-Armadas‘.

As filmagens começam em 2015, na cidade de Nova York.

Crítica | Trash: A Esperança Vem do Lixo

Capitães do Lixo

Vendido como “Quem Quer Ser um Milionário? versão brasileira”, Trash é o quarto filme exibido na programação do Festival do Rio 2014 a entrar em cartaz no grande circuito, depois de Garota Exemplar, O Homem Mais Procurado e o terror Annabelle. A obra é uma produção do Reino Unido, inteiramente passada no Rio de Janeiro. Na história, Raphael (Rickson Tevez) e Gardo (Eduardo Luis) são dois meninos pobres que trabalham num lixão. Quando encontram uma carteira contendo dinheiro e uma misteriosa chave, a maior aventura de suas vidas começa.

Os meninos se saem bem com um talento espontâneo e irreverente, no entanto, o filme conta ainda com alguns nomes de peso ajudando a projetar a obra. Selton Mello e Wagner Moura, os dois maiores ídolos do cinema nacional aparecem juntos dividindo os créditos pela primeira vez. Ou melhor, quase. Na verdade, os atores não dividem uma cena sequer, com a participação de Moura soando apenas como apoio moral para impulsionar o filme. Ele vive o personagem que desencadeia a trama e aparece somente em poucos flashbacks. Já Mello, vive o primeiro vilão de sua carreira, e brilha como um policial corrupto, cruel e frio.

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Os nomes chamativos internacionais são providos pelo veterano Martin Sheen, ótimo e se desdobrando no português na pele do missionário Padre Julliard, e Rooney Mara, um dos novos nomes mais proeminentes e talentosos da atualidade, na pele da professora voluntária Olivia. As presenças destes atores, que trazem peso ao projeto, serve para costurar a obra com boas cenas de interação de personagens. A comparação com o filme vencedor do Oscar de Danny Boyle é indevida, no entanto. Em Trash não existe urgência, ou melhor, ela é abafada por cenas mais descontraídas, nas quais os personagens mirins não sentem verdadeiramente o perigo e nos passam justamente isso.

Cenas de maior intensidade, como a tortura de Raphael dentro de um carro acelerado por ruas esburacadas, são diminuídas por outras, quando os meninos fogem debochando da polícia, que não lhes acerta um tiro mesmo estando a poucos metros, por exemplo. Ou quando derrotam o antagonista de Mello, em um momento verdadeiramente “Trapalhanesco”. Tais situações intensificam a atmosfera infantil e leve de Trash, apesar de existir um discurso político e social implícito (ou explícito).

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Trash deseja ser relevante, fervoroso e sério, ao mesmo tempo se comporta como uma aventura juvenil, parente próximo de Capitães da Areia, mas carioca do lixão. O visual é digno de prêmios. A equipe construiu o cenário limpo que serve como o lixão, tornando tudo seguro e higiênico para os atores. A direção de arte da favela (também um cenário) é outro atrativo. O maior problema é mesmo o roteiro com crise de identidade, do geralmente ótimo Richard Curtis (Simplesmente Amor e Questão de Tempo).

A direção é do britânico Stephen Daldry, cineasta adepto do melodrama. Apesar do exagero dramático de seus filmes, e do forte teor açucarado, Daldry é um queridinho da Academia. Todos os filmes do cineasta receberam a aprovação do Oscar, vide Billy Elliot (2000), As Horas (2002), O Leitor (2008) e inclusive o horrendo Tão Forte e Tão Perto (2011). O fato aumenta o status de Trash no mercado internacional, e quem sabe servirá de campanha em época de premiações.

Crítica | O Homem Mais Procurado

Hoffman impressiona até o último trabalho

O thriller de espionagem O Homem Mais Procurado chega envolto em certo hype. O maior motivo para isto é se tratar do último filme completo do prestigiado Philip Seymour Hoffman, falecido em fevereiro deste ano. No último fim de semana chegou aos cinemas brasileiros O Último Concerto, drama musicado de 2012, consecutivamente adiado, também protagonizado pelo ator. Lançado igualmente este ano, o drama criminal God´s Pocket deverá aportar no Brasil no mercado de home vídeo muito provavelmente. Já as duas últimas partes da série Jogos Vorazes (o penúltimo chegando no dia 19 de novembro por aqui) tiveram a necessidade de subterfúgios, como efeitos visuais e dublês, para completar os trechos inacabados por Hoffman.

Em O Homem Mais Procurado, Hoffman vive Günther Bachmann, membro do serviço secreto alemão sediado em Hamburgo após uma missão malsucedida. Apesar da grande perspicácia, o protagonista é um personagem desgraçado, cujo tormento do fracasso profissional está impregnado e o descentraliza de seus afazeres. Em completa sintonia com a equipe, sua nova missão envolve a descoberta e captura de um possível terrorista checheno, o jovem Issa Karpov (interpretado pelo russo Grigory Dobrygin). Entra em jogo um elemento inusitado: a jornalista Annabel Ritcher (Rachel McAdams), única fonte de contato direto com o sujeito.

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Os EUA também quer uma fatia da ação, e o país aparece representado pela personagem de Robin Wright, uma alta funcionária do governo. Martha Sullivan (Wright) é outra força que pressiona o protagonista diretamente, garantindo que ele faça seu trabalho da forma mais devida. Outros personagens que merecem destaque, impulsionados por seus intérpretes, são o banqueiro Tommy Brue (Willem Dafoe) e Irna Frey (papel da alemã Nina Hoss, do filme de arte Barbara), braço direito do protagonista na agência.

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Os atores dão tudo de si, num verdadeiro show de atuações. Philip Seymour Hoffman dispensa elogios, seus maneirismos em cena prendem a atenção do espectador mais disperso. Em mais uma performance, o metódico ator devora suas cenas. Essa foi uma perda que será muito sentida pela sétima arte. Hoffman se foi muito antes do tempo, e era considerado por diversos especialistas como o melhor ator de sua geração. Aqui, fazendo uso de um sotaque alemão carregado, ele dá ênfase na corrida contra o tempo de seu personagem, e nas situações que se empilham de tremendo estresse, nos fazendo imediatamente entrar neste barco.

Rachel McAdams também quis entrar na brincadeira, confeccionando um sotaque, ou ao menos aceitando o desafio de interpretar uma alemã. Seu dialeto é um pouco mais difícil de digerirmos, mas a jovem é talentosa o suficiente para não atrapalhar o andamento da obra. Ainda na questão dos atores, o talentoso espanhol Daniel Brühl (fluente em alemão, como vimos em Bastardos Inglórios) fica relegado a um papel bem menos digno do que um ator de sua ascendência merece (ainda mais seguindo o último ano em que viveu em bons desempenhos personalidades como Niki Lauda e Daniel Berg).

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A produção é baseada num livro do autor John le Carré, espião de verdade, cujas obras literárias se transformaram em filmes de prestígio, vide O Espião que Veio do Frio (1965) e O Jardineiro Fiel (2005). Mais recentemente, O Espião que Sabia Demais (2011) escalou até o Oscar e foi enaltecido como “Missão Impossível para adultos”. O fato é verdade também para O Homem Mais Procurado, um filme de espionagem mais preocupado com o realismo de suas situações e com a forma que agentes secretos realmente operam, do que com peripécias e cenas de ação para uma plateia com déficit de atenção.

A direção é do holandês Anton Corbjin (Um Homem Misterioso). O cineasta entrega o típico suspense de espionagem, no qual se sobressai as atuações, diálogos e interações de personagens. A trama pode ser difícil de acompanhar, mesmo para o mais concentrado espectador, e talvez exija uma segunda investida para os mais meticulosos. No entanto, a produção ainda guarda trechos simplistas, de cenas, situações e diálogos. Num determinado momento de debate de patentes e disputa de poder entre Hoffman e seu superior, o protagonista entrega o clichê: “O que você sabe sobre o trabalho de campo? Já viu sangue nas ruas?”. O Homem Mais Procurado entretém e é recomendado para os fãs do gênero, mesmo sem possuir o brilhantismo estético de O Espião que Sabia Demais.

A Lenda de Oz

(Legends of Oz: Dorothy’s Return)

 

Elenco:

Vozes na versão dublada: Manu Gavassi e Rodrigo Lombardi. Vozes originais de: Lea Michele, Hugh Dancy, Patrick Stewart, Dan Aykroyd, James Belushi Kelsey Grammer, Martin Short.

Direção: Will Finn e Dan St. Pierre

Gênero: Animação

Duração: 91 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 09 de Outubro de 2014

Sinopse:

Dorothy acaba de voltar para casa de sua incrível jornada a Oz, mas já a estão chamando para mais uma aventura! Ao acordar em Kansas após o tornado, Dorothy (Lea Michele) e Toto voltam para Oz em um arco-íris mágico enviado por seus amigos, o Espantalho (Dan Aykroyd), o Leão (Jim Belushi) e o Homem de Lata (Kelsey Grammer). O tempo em Oz passou muito mais rápido do que em Kansas, e Dorothy descobre que Jester (Martin Short) — o irmão malvado da Bruxa Má do Oeste — está conquistando Oz aos poucos, uma região por vez, sequestrando seus líderes e deixando um rastro de escuridão por todo lugar. Mesmo Glinda (Bernadette Peters) não consegue combater os poderes maléficos de Jester, o que faz de Dorothy a única esperança.

Curiosidades:

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Trailer:

Cartazes:

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Fotos:

O Inventor de Jogos

(The Games Maker 3D)

 

Elenco: Joseph Fiennes, David Mazouz, Tom Cavanagh, Edward Asner, Valentina Lodovini.

Direção: Juan Pablo Buscarini

Gênero: Aventura

Duração: 111 min.

Distribuidora: Disney

Orçamento: US$ 6 milhões

Estreia: 09 de Outubro de 2014

Sinopse: 

Jovem apaixonado por jogos de tabuleiro, Ivan Drago ganha um concurso de inventores de jogos por correspondência. Desde então, restarão muitos mistérios para resolver, que só poderão ser revelados atrás dos muros da Companhia de Jogos Profundos. Lá, o malvado Morodian levará Ivan a enfrentar o jogo mais desafiante de sua vida.

Curiosidades: 

» O filme terá cópias em 3D.

» Filmado na Argentina, Canadá e Itália.

 

Trailer:

Cartazes: 

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Fotos: