sábado, abril 27, 2024

Você Conhece a “Lista Negra” de Hollywood? Os Roteiros Mais Elogiados que Completam 10 Anos

Nos bastidores de Hollywood, a maior indústria de cinema do mundo, existe um termo conhecido como “lista negra”. Mas aqui isso não é algo pejorativo, como pode-se pensar. Pelo contrário. O que acontece é que os profissionais do ramo de cinema, sejam executivos dos estúdios, produtores, diretores ou os próprios roteiristas, pegaram um termo inicialmente negativo – a lista negra era formada por nomes de artistas acusados de associação com o comunismo na década de 1950, no período que ficou conhecido como “caça às bruxas” – e o subverteram para algo positivo. Agora, a lista negra de Hollywood diz respeito aos roteiros considerados os melhores por diversos artistas do ramo, mas que por alguma razão seguem sem ser filmados, o que pode demorar anos.

De ano em ano, diversas personalidades da área de cinema em Hollywood elegem os roteiros que eles consideram os melhores e que ainda não se transformaram em um filme. O movimento é interessante porque instiga a curiosidade de produtores e executivos a bancarem tais projetos em algum estúdio. A cada ano um punhado destes textos terminam fisgados por alguma produtora, mas por outro lado muitos seguem sem ver a luz do dia. O que não significa também que todos esses roteiros resultaram em filmes excelentes, muito pelo contrário – com alguns até resultando em fiascos de crítica ou público. Acontece que não necessariamente o que era bom nas páginas, resulta em algo satisfatório nas telas, quando ocorre a transição.

Agora que você já conheceu a famosa lista negra de Hollywood, resolvemos trazer nesta nova matéria trezes filmes que fizeram parte da lista negra de 2013, ou seja, há exatos 10 anos, mas que depois de serem divulgados terminaram encontrando um destino ao serem alçados por produtores e transformados em filmes. Veja se conhece todos. Confira.

Spotlight – Segredos Revelados (2015)

Começamos a lista com um roteiro que rendeu simplesmente um filme vencedor do Oscar e que está entre os 250 melhores de todos os tempos na opinião do grande público no IMDB. Escrito por Josh Singer e Tom McCarthy (que viria a dirigir o filme também), o texto tinha como base a história real de investigação do jornal Boston Globe sobre o escândalo sexual envolvendo padres católicos em 2003. O roteiro não demorou muito a sair do papel depois de ter caído na “lista negra, já que chegava aos cinemas dois anos depois.

Sniper Americano (2014)

Esse foi outro que se tornou um filme de prestígio ainda mais rápido, saindo do papel um ano depois de aparecer na “lista negra”. O roteiro escrito por Jason Dean Hall, baseado no livro de Chris Kyle, Scott McEwen e Jim DeFelice, relata a trajetória do próprio Kyle enquanto serviu na Guerra do Iraque, se tornando o atirador de elite mais letal na história militar dos EUA (com o maior número de mortes). O roteiro foi rapidamente comprado pela Warner e transformado num filme de Clint Eastwood, indicado ao Oscar.

Sete Minutos Depois da Meia-Noite (2016)

Roteiro escrito por Patrick Ness, baseado em seu próprio livro de fantasia e drama, o texto passou 3 anos até finalmente chegar às telas, após figurar na “lista negra”. A história é na verdade um conto de amadurecimento de um menino adolescente, que precisa se preparar para a perda da mãe, que o cria sozinha, terminalmente doente. O garoto então começa a ter visões de um monstro-árvore, que o ensina através de três histórias a lidar com suas emoções e aceitar a eventual partida da mãe.

Não deixe de assistir:

Peter Pan (2015)

Intitulado somente ‘Pan’ no original, o roteiro se tornou uma aposta ambiciosa da Warner para o ano de 2015, dois anos após figurar na “lista negra”, mas terminou não correspondendo às expectativas, resultando num fracasso de crítica e público, devido a problemas de bastidores e também após seu lançamento. A ideia do roteiro de Jason Fuchs era criar uma história de origem para o lendário Peter Pan, mostrando como o garoto de fato chegou à Terra do Nunca, quais foram seus mentores por lá e como ele se tornou o intrépido herói. Sobrou até para um Gancho, antes de ser Capitão, num estilo aventureiro a la Indiana Jones. No papel parecia bem legal…

A Autópsia (2016)

Outro que demorou 3 anos desde sua menção na “lista negra” até de fato ganhar às telas do mundo, aqui temos uma história de terror de arrepiar a espinha. Escrito em parceria por Richard Naing e Ian Goldberg, a trama mostra um pai e um filho que trabalham juntos em uma funerária, que fica no porão da casa deles, tentando descobrir a causa da morte de uma jovem que chega sem nome até o local de trabalho deles. Quanto mais eles descobrem, mais assustadoras as coisas se tornam. ‘A Autópsia’ se tornou um filme cult muito elogiado por quem o assistiu, mas ainda precisando ser descoberto por muita gente, em especial pelos aficionados por terror.

Cake – Uma Razão para Viver (2014)

Assim como ‘Sniper Americano’, esse roteiro foi rapidamente comprado e transformado em um filme (logo no ano seguinte), após ter aparecido na “lista negra” dos melhores não filmados de 10 anos atrás. Escrito por Patrick Tobin, o roteiro é um drama pesado sobre uma mulher que sofre com imensa dor física após ter se envolvido em um acidente de carro, e sofre mais ainda com a dor psicológica e emocional por este acidente ter custado a vida de seu filho. O projeto começou a ganhar forma quando Jennifer Aniston assinou para viver a protagonista. A atriz foi muito elogiada por seu desempenho (um dos melhores de sua carreira) e gerou falatório de indicações ao Oscar, que infelizmente terminou não se concretizando.

O Mar de Árvores (2015)

Infelizmente, nem todo roteiro eleito para a “lista negra” termina se tornando um filme particularmente bom, nem mesmo se tiver o pedigree de um bom diretor no comando e bons atores protagonizando. É o caso com este roteiro dramático escrito por Chris Sparling, sobre um americano que decide tirar a própria vida, e para isso viaja até o Japão para o local conhecido como a “floresta do suicídio”, localizada na base do Monte Fuji, onde pessoas vão para se matar. No local, ele conhece um japonês que desistiu do suicídio e tenta convencer o americano a fazer o mesmo. Dois anos depois o filme já estava participando do Festival de Cannes, com direção de Gus Van Sant, e Matthew McConaughey, Naomi Watts e Ken Watanabe como o trio principal. Infelizmente, o filme veio e foi sem muita empolgação.

Dude – A Vida é Assim (2018)

Na lista dos roteiros que figuraram dentre os melhores jamais filmados de 10 anos atrás, três (até o momento) são os que mais tempo demoraram para de fato sair do papel. O primeiro é este romance juvenil (com momentos picantes) escrito por Olivia Milch, que é um retrato feminino bem particular. O projeto terminou também ganhando a direção da próprio Milch. O roteiro vendeu a ideia como “herdeiro” de ‘Picardias Estudantis’ (1982), ou seja, uma comédia adolescente, mas com temas mais sérios e certo teor sexual. Aqui, quatro amigas precisam se ajustar à vida adulta, após saírem do colegial como as rainhas da escola. Para o filme foram escaladas Lucy Hale, Alexandra Shipp, Awkwafina e a menos famosa Kathryn Prescott. A distribuição foi comprada pela Netflix e o resultado não fez do filme tão famoso quanto os primeiros itens desta matéria.

O Fim da Turnê (2015)

Baseado no livro do próprio David Lipsky, com roteiro adaptado por Donald Margulies, dois anos depois de aparecer na “lista negra”, um filme sobre tal história já era um dos chamarizes do Festival de Sundance daquele ano, contando com Jesse Eisenberg e Jason Segel nos papeis principais e direção de James Ponsoldt, dos ótimos independentes ‘Smashed – De Volta à Realidade’ e ‘O Maravilhoso Agora’. O roteiro conta sobre o jornalista David Lipsky recordando da entrevista que fez com o romancista David Foster Wallace durante cinco dias, após ficar sabendo de seu suicídio.

Extinção (2018)

Como dito, três filmes da lista foram os que mais demoraram a se tornar realidade após seus roteiros aparecerem na prestigiada “lista negra”. Quatro anos separam a menção do roteiro até seu lançamento. Aqui também se trata de um lançamento da Netflix, apesar de ser uma produção da Universal Pictures. O roteiro foi escrito por Spenser Cohen e segue de certa forma a trama de ‘Guerra dos Mundos’ (2005), mostrando um sujeito comum fazendo de tudo para salvar sua família de uma invasão alienígena. A diferença é que aqui não temos nomes muito famosos impulsionando a obra junto ao grande público.

Paciente Zero – A Origem do Vírus (2018)

O terceiro dos filmes que mais demoraram a ver a luz do dia, esse também se tornou a produção mais problemática delas, sendo adiada por anos, passando em branco quando finalmente estreou – sem que muitos tomem conhecimento de sua existência. O filme de zumbis foi mal e porcamente lançado em circuito e parece ter desaparecido rapidamente. Mesmo assim, o roteiro de Michael Le esteve lá, na “lista negra” de 2013. O motivo é uma visão única do vírus zumbi e sua contaminação. Na trama, um homem consegue falar a língua dos zumbis, e parte em uma busca pelo paciente zero, a fim de encontrar uma cura para a infecção e salvar sua esposa. Stanley Tucci, Natalie Dormer e Matt Smith protagonizam.

Noites Quentes de Verão (2017)

Terminando a lista dos roteiros da “lista negra” que completam 10 anos e se tornaram filmes, temos uma produção obscura que, embora tenha sido lançada há 6 anos, passou fora de todos os radares e mal foi lançada aqui no Brasil – mesmo que traga um Timothée Chalamet recém-saído de ‘Me Chame Pelo Seu Nome’ no elenco protagonizando. O roteiro foi escrito por Elijah Bynum e conta sobre a história de amadurecimento de um rapaz, que durante um verão se apaixona pela rebelde da cidade e sob má influência começa a vender drogas na paradisíaca Cape Cod. A produção foi comprada pela A24.

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