segunda-feira , 9 dezembro , 2024

Crítica | Gente Que Vai e Volta – Uma Crônica Familiar Fofinha, Leve e Contemporânea

Está procurando algo suave, descontraído e emocionante para assistir? A sugestão de hoje é ‘Gente Que Vai e Volta, uma dessas pérolas escondidas no catálogo da Netflix que meio que passa batido na época do lançamento, mas que vale a pena você dar uma chance.



O enredo é fácil de acompanhar: Bea (Clara Lago) tinha tudo – um ótimo emprego; um namorado bonitão, Víctor (Fernando Guallar); uma casa linda –, só que ocorre uma reviravolta em sua vida e ela acaba indo passar uma temporada na casa da mãe, Ángela (Carmen Maura), em uma cidade do interior, onde reencontra seus irmãos Irene (Alexandra Jiménez), Débora (Paula Malia) e León (Carlos Cuevas). Uma vez de volta à sua cidade natal, Bea busca se reconectar com sua família, enquanto procura respostas para sua própria vida.

A sinopse é bem simplesinha, nada diferente de muitas outras comédias românticas. Entretanto, ‘Gente Que Vai e Volta’ tem uma forma muito gostosinha de contar sua história, inserindo os conflitos paulatinamente, encabeçado por um elenco carismático e entrosado que conduz a trama com muita agilidade. Pelo conjunto do filme, a diretora Patricia Font alcança o objetivo de entreter, pois o resultado de seu longa é uma crônica contemporânea leve e divertida para o público de todas as idades.

Baseado no livro de Laura Norton, o roteiro escrito por Darío Madrona e Carlos Montero prende a atenção do espectador por agilizar a resolução do primeiro ato e conduzir a gente logo ao que importa no filme. Entretanto, a repetição de algumas situações cômicas acaba cansando um pouco, e duas ou três cenas parecem ter sido inseridas apenas para rechear o meio da produção. O destaque reside mesmo nos diálogos, super naturais e afiados, que ricocheteiam para todos os lados na língua espanhola especialmente no núcleo familiar da trama.

Filmado em mais uma dessas locações que parecem ter parado no tempo do interior da Espanha, ‘Gente Que Vai e Volta’ é uma comédia romântica beeeem fofinha, cujo drama do núcleo familiar em liquidez joga luz para a importância de criarmos memórias em família e valorizarmos os momentos que passamos juntos – dois pontos que se tornaram mais fundamentais do que nunca nesse momento de quarentena. Ou seja, é uma ficção que dialoga diretamente com o que estamos passando na nossa realidade, e, portanto, se torna uma ótima opção no catálogo da Netflix.

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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Está procurando algo suave, descontraído e emocionante para assistir? A sugestão de hoje é ‘Gente Que Vai e Volta, uma dessas pérolas escondidas no catálogo da Netflix que meio que passa batido na época do lançamento, mas que vale a pena você dar uma chance.

O enredo é fácil de acompanhar: Bea (Clara Lago) tinha tudo – um ótimo emprego; um namorado bonitão, Víctor (Fernando Guallar); uma casa linda –, só que ocorre uma reviravolta em sua vida e ela acaba indo passar uma temporada na casa da mãe, Ángela (Carmen Maura), em uma cidade do interior, onde reencontra seus irmãos Irene (Alexandra Jiménez), Débora (Paula Malia) e León (Carlos Cuevas). Uma vez de volta à sua cidade natal, Bea busca se reconectar com sua família, enquanto procura respostas para sua própria vida.

A sinopse é bem simplesinha, nada diferente de muitas outras comédias românticas. Entretanto, ‘Gente Que Vai e Volta’ tem uma forma muito gostosinha de contar sua história, inserindo os conflitos paulatinamente, encabeçado por um elenco carismático e entrosado que conduz a trama com muita agilidade. Pelo conjunto do filme, a diretora Patricia Font alcança o objetivo de entreter, pois o resultado de seu longa é uma crônica contemporânea leve e divertida para o público de todas as idades.

Baseado no livro de Laura Norton, o roteiro escrito por Darío Madrona e Carlos Montero prende a atenção do espectador por agilizar a resolução do primeiro ato e conduzir a gente logo ao que importa no filme. Entretanto, a repetição de algumas situações cômicas acaba cansando um pouco, e duas ou três cenas parecem ter sido inseridas apenas para rechear o meio da produção. O destaque reside mesmo nos diálogos, super naturais e afiados, que ricocheteiam para todos os lados na língua espanhola especialmente no núcleo familiar da trama.

Filmado em mais uma dessas locações que parecem ter parado no tempo do interior da Espanha, ‘Gente Que Vai e Volta’ é uma comédia romântica beeeem fofinha, cujo drama do núcleo familiar em liquidez joga luz para a importância de criarmos memórias em família e valorizarmos os momentos que passamos juntos – dois pontos que se tornaram mais fundamentais do que nunca nesse momento de quarentena. Ou seja, é uma ficção que dialoga diretamente com o que estamos passando na nossa realidade, e, portanto, se torna uma ótima opção no catálogo da Netflix.

Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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