sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | ‘Tic Tac: A Maternidade do Mal’: Terror psicológico tem trama instigante e elenco desperdiçados em uma má direção

Os filmes de terror e suspense disponíveis na plataforma Hulu e lançados no Brasil pelo Star+ são como abrir uma caixa de chocolates sortidos, sempre com alguma surpresa boa ou desagradável. Desde os ótimos ‘O Predador: A Caçada’ e ‘Fuja’ (este distribuído pela Netflix no Brasil), até os ofensivamente ruins ‘O Meme do Mal’ e ‘False Positive’, a plataforma da 20th Century Studios é a que mais investe nesses gêneros entre todas as grandes empresas de streaming. Agora, o catálogo traz uma nova adição: o terror psicológico ‘Tic Tac: A Maternidade do Mal’ ou, no original, ‘Clock’.

Na trama, Ella, interpretada por Dianna Agron, conhecida por sua atuação em ‘Glee’, uma mulher prestes a completar 38 anos, não tem interesse em ter filhos, apesar da pressão de suas amigas e de seu pai (Saul Rubinek). Ela começa a se questionar se sua falta de desejo por maternidade é um problema que ela carrega consigo e, após uma visita a uma ginecologista, é aconselhada a fazer um teste clínico em um laboratório comandado pela Dra. Elizabeth Simmons (Melora Hardin, de ‘The Office’). Durante as sessões, Ella começa a perceber visões sinistras ao seu redor, o que a leva a questionar sua sanidade mental.

A cineasta Alexis Jacknow estreia como roteirista e diretora em seu primeiro longa-metragem. Anteriormente, ela dirigiu um curta com o mesmo nome, ‘Clock’ (disponível no YouTube), que conta a história de uma mulher que encontra um carrinho de bebê misteriosamente em um estacionamento. Embora compartilhem o mesmo título, as duas obras apresentam tramas distintas, mas com personagens que também têm medo da maternidade. Infelizmente, o longa da Hulu não se aprofunda suficientemente no tema, optando por cenas de jumpscares baratas e uma atmosfera pouco cativante para o desenvolvimento da história.

Embora seja compreensível que esses aspectos negativos sejam atribuídos à direção de Jacknow, que parece mais preocupada em assustar o espectador do que explorar devidamente o tema da maternidade (ou do medo dela), é importante ressaltar que a produção apresenta uma sensação de falta de inspiração, soando como os filmes home-video lançados nos anos 2000. Além disso, é louvável destacar que as atuações de Dianna Agron e Melora Hardin são boas, apesar dos personagens beirarem o unidimensional e até mesmo parecerem caricatos em alguns momentos.

A história é intrigante e poderia ter sido explorada de maneira mais profunda e impactante, ainda que haja momentos de tensão e suspense. A direção pouco inspirada de Jacknow não ajuda a tornar a experiência mais atraente, fazendo com que o filme pareça mais uma produção genérica de terror do que uma obra única e cativante, o que torna difícil para o público se conectar com a história. No final das contas, ‘Tic Tac: A Maternidade do Mal’ acaba sendo mais um filme de terror de baixa qualidade que se perde nas inúmeras opções oferecidas no Star+.

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