quinta-feira, abril 25, 2024

Quem é o Melhor James Bond do Cinema? Elegemos do pior ao melhor todos os atores que viveram 007

Com 007 – Sem Tempo para Morrer, o ator Daniel Craig, de 53 anos, se despede da franquia mais duradoura do cinema em grande estilo. O 25º filme de 007 nos cinemas marca impressionantes 84% de aprovação da imprensa especializada – o que garante ao filme um sucesso de crítica. Com o público, segue pela mesma linha garantindo uma boa bilheteria, isto é, para tempos pandêmicos – sabem como é.

Craig foi o James Bond definitivo para toda uma geração – os mais novos. Mas acreditem se quiser, antes do ator, outros cinco artistas já haviam emprestado suas formas para o maior espião do cinema, o agente secreto da rainha britânica 007. Pensando nisso, e como forma de homenagear a despedida deste ótimo James Bond, resolvemos seguir com nossa tarefa ingrata sobre a franquia. Desta vez, colocaremos em nossa ordem de preferência, do que menos nos agradou até o nosso intérprete de 007 preferido. Sabemos que cada um tem suas qualidades e charme e no fundo gostamos de todos. Portanto, faça abaixo você também nos comentários o seu ranking. Confira a nossa a seguir.

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06 – George Lazenby

Quem??! Você pode até ter ficado um pouco confuso agora, querido leitor. Mas sim, em algum momento da franquia oficial de 007 no cinema, um modelo australiano chamado George Lazenby assumiu o papel de James Bond nas telonas. O fato ocorria com a saída de Sean Connery, o primeirão, após cinco filmes como protagonista. Insatisfeito e procurando alçar novos voos, Connery cumpriu a promessa e deixava a franquia em 1967. Assim, coube aos produtores “se coçarem” e iniciar uma nova buscar mundial por um sucessor.

O escolhido era George Lazenby, um modelo sem muita experiência como ator. O que contou em sua escolha foi sua aparência e presença física. Além disso, foi incluída no roteiro uma brincadeirinha onde o novo Bond diz: “isso nunca aconteceu com o outro sujeito”, se referindo ao seu predecessor.  E curioso nisso tudo é que o próprio Lazenby pediu para sair após um único filme – os produtores visavam mantê-lo. Assim, não podemos dizer que seu legado na franquia seja muito significativo. Apesar disso, A Serviço Secreto de Sua Majestade (1969), o filme protagonizado por Lazenby, ressurgiu como cult, sendo enaltecido por cineastas de peso, vide Quentin Tarantino, Christopher Nolan e Guy Ritchie.

05 – Timothy Dalton

E se quase ninguém tem conhecimento de George Lazenby na franquia como James Bond, o que chegaria em segundo neste hall de anonimato é Timothy Dalton. O ator foi escolhido após a saída (tardia) de Roger Moore da série – durante o período conhecido como o mais “galhofa” e “canastrão” para o agente secreto. Justamente por isso, quando foi a vez de outro intérprete seguir com a série, a opção dos produtores foi trazer para a franquia um ar mais realista e sério. Esse clima mais soturno marcaria a era de Dalton – o que veríamos repetido anos mais tarde na era de Daniel Craig.

O principal obstáculo para a trajetória de Dalton como James Bond se resume a um fato: o cinema dos anos 1980. O ator estreou na franquia em 1987 e fez apenas dois filmes (Marcado para a Morte e Permissão para Matar), deixando a série em 1989. Acontece que, como todos sabemos, os anos 80 marcaram de vez o que conheceríamos como cinema entretenimento. Desta forma, superproduções muito queridas e eternas, como Star Wars, E.T., Indiana Jones, De Volta para o Futuro, Rambo, Os Caça-Fantasmas, entre outras, dominaram a década. Ou seja, 007 estava se sentindo deslocado e sem muita vez. Era preciso uma reformulação. E infelizmente a era Dalton, dona dos filmes mais sombrios e violentos do personagem, não era o que o público buscava naquele momento. Embora também tenham se tornado cult, a fase de Dalton é uma das menos lembradas pelo grande público em geral.

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04 – Pierce Brosnan

Agora sim. Quando falei que a franquia 007 precisava de uma reformulação para enfrentar a concorrência pesada que se estabelecia no cinema entretenimento, era disso que eu falava. A entrada de Pierce Brosnan na franquia, em 1995 com GoldenEye, trouxe o que a série estava precisando: um entretenimento grandioso, que misturava seriedade, uma boa história, mas também bastante diversão. Com Brosnan, James Bond recuperava o prestígio que não via desde seu auge nos anos 1960. A febre chamada “Bondmania” voltava com força total, e GoldenEye mostrou que os filmes do agente secreto podiam fazer frente às maiores produções da sétima arte da época.

Embora tenha estreado com o pé direito, elevando a franquia a novos patamares, a era de Pierce Brosnan foi aos poucos se voltando para o que a era Roger Moore havia sido – tanto que as duas fases são muito comparadas. Ou seja, já no filme seguinte, O Amanhã Nunca Morre (1997), as tramas foram ficando cada vez mais farsescas, o clima cada vez mais gaiato, e tudo foi adquirindo um ar fantasioso e cartunesco. Para a época funcionou, e os quatro filmes estrelados por Brosnan foram alguns dos mais rentáveis da franquia, a cada novo exemplar quebrando algum recorde. Porém, quando foi a vez de lançar o comemorativo Um Novo Dia para Morrer (que celebrava o vigésimo filme da franquia oficial e o quadragésimo aniversário da série no cinema), os produtores perceberam que as coisas haviam saído dos trilhos e que o caminho mais certo era um reinício. Assim, um Brosnan disposto a continuar na série viu a porta se fechar em sua cara – numa das histórias mais tristes envolvendo um ator de 007.

03 – Roger Moore

Quando pensamos em atores que viveram 007 no cinema, o nome do saudoso Roger Moore vem logo à mente em sequência de Sean Connery. Bem, quem sabe isso mudou um pouco com geração mais jovem e adepta de Daniel Craig. Seja como for, durante muitos anos o nome de Moore foi sinônimo de James Bond. O ator, é claro, pegou o manto deixado por Connery e o vestiu perfeitamente bem. Após o vai não vai com George Lazenby, os produtores buscavam um nome comprometido e que pudesse permanecer na franquia por bastante tempo. Roger Moore foi o homem certo para este trabalho – até hoje mantendo o recorde como o ator que por mais filmes interpretou 007: foram sete no total (número sugestivo).

Devemos esclarecer, Sean Connery também fez sete filmes como 007, mas o seu último, Nunca Mais Outra Vez (1983), não é canônico – trata-se de uma refilmagem de A Chantagem Atômica feita pela Warner, fora da EON – a produtora oficial da franquia. Assim, com sete filmes feitos na cronologia da série no cinema, Roger Moore ainda mantém o recorde. Sua fase, como todos sabem, foi a mais “zoada” da franquia, a mais divertida e engraçada. Os filmes de Moore não podem ser muito levados a sério. Temos por exemplo a infame ida de James Bond ao espaço (engula essa Velozes e Furiosos) em O Foguete da Morte (1979), filme que quis pegar carona no sucesso de Star Wars. O capítulo mais “sóbrio” da era Moore foi Somente para Seus Olhos (1981).

02 – Sean Connery

Prevejo polêmica e treta. Bem, talvez os mais jovens até concordem. Aqui devo dizer também que gosto de todos os intérpretes de James Bond no cinema, acredito que todos tenham conseguido deixar sua marca, de uma maneira ou de outra. E Sean Connery é definitivamente o preferido de muita gente. Em partes por ter sido o original e cimentado tudo o que seria usado pelos outros atores para compor o papel. Connery deu a largada e deu muito certo. Seu estilo era único e inigualável. Desde sua estreia em O Satânico Dr. No (1962), o ator já exalava charme, carisma e suavidade, vindo a ser o retrato definitivo de James Bond.

Talvez o que mais marque na interpretação de Sean Connery no papel seja a capacidade de caminhar nos dois mundos. Os demais atores tendem a escolher a suavidade e graça, ou a dureza e seriedade. Connery tinha as duas coisas. Era duro e certeiro quando precisava, mas também irônico ao ponto de entregar algumas das melhores tiradas da franquia. Não que ele não tenha tido seus filmes “farofeiros” (Os Diamantes São Eternos, estou olhando para você), mas em especial em seus primeiros filmes, Sean Connery entregou alguns dos melhores momentos que seriam projetados na franquia até hoje. Fora isso, quando falamos em James Bond, o nome que ainda vem na boca da maioria é o de Sean Connery.

01 – Daniel Craig

Calma, me deixem argumentar. Para começo devo dizer que escolher um favorito é uma tarefa mais que ingrata. E continuo para defender o ponto de que o primeiro e original não necessariamente é sinônimo de melhor ou intocável. Os filmes da década de 1960, protagonizados por Sean Connery, tiveram definitivamente seu propósito e foi graças a eles que temos hoje o cinema entretenimento moderno. Todos os louros devem ser dados. Ao mesmo tempo, devemos considerar que os anos 1960 estão cada vez mais longínquos e sem eco na modernidade. De fato, até mesmo as produções blockbuster dos anos 1980 se encontram datadas atualmente. A falta de conexão com o tempo retratado pode ser uma barreira para muitos.

Mas não nos desesperemos, porque a franquia 007 no cinema nos deu um exemplar moderno à altura. Cassino Royale (2006) constantemente citado por muitos, sem medo, como “o” melhor capítulo da franquia 007. E muito merecidamente. Na época de seu lançamento, falava-se inclusive de indicações ao Oscar. É bom neste nível. Pessoalmente, no entanto, o que mais pega quando penso em Craig como Bond é na entrega humana que o ator nos presenteou desde sua estreia. O Bond de Craig é o mais humano e real – já virou até clichê dizer isso, mas é verdade. Enquanto todos os outros sentimos se tratar de um personagem, da interpretação de um ator em um personagem – na maioria dos casos envolto na mais deliciosa fantasia; com Daniel Craig sentimos uma pessoa de verdade debaixo da carapaça do espião intocável. Essa vulnerabilidade é o grande trunfo de Craig no papel. Tudo bem que grande parte disso se deve ao roteiro, mas Craig foi felizardo em participar de uma era em que os envolvidos decidiram entregar ao público mais sobre um dos heróis icônicos da sétima arte. Era o passo além que no passado se recusavam a dar. Aqui é como se James Bond, o dinossauro da Guerra Fria, finalmente houvesse evoluído, se modernizado e acompanhado os novos tempos.

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