sexta-feira, abril 26, 2024

Crítica | O Exorcista – 1×04 (Chapter Four: The Moveable Feast)

Pode parecer repetitivo, mas não canso de começar minhas críticas falando o quanto The Exorcist tem crescido semanalmente – neste quarto episódio não foi diferente. Até agora a trama não se acomodou, e está sempre introduzindo elementos novos sem que se perca nos seus próprios plots. Pensei que Chapter Four: The Moveable Feast deixaria o nível cair um pouco justamente por ser tratar de um episódio de transição, mas apresentou informações valiosas que o tornaram relevante, sem perder o ritmo da trama, que promete chegar ao seu auge na próxima semana.

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Os produtores já afirmaram que o quinto episódio será todo dedicado ao exorcismo da Casey, e promete ser o episódio mais chocante até o momento. Não tenho dúvidas disso e estou extremamente ansioso para conferi-lo, ainda mais se considerarmos que os roteiristas já apresentaram muitas coisas bizarras até agora, e o exorcismo é a chance deles abraçarem, por uma semana, o conteúdo do material de origem. Este quarto episódio prepara o terreno para este grande evento, focando na queda da Casey até o momento que ela dá permissão ao demônio de tomar conta do seu corpo por completo. Essas, de fato, foram as cenas mais interessantes do episódio; mas não foram as únicas.

O padre Marcus esteve em uma missão essa semana, e contou com a ajuda de freiras exorcistas (!), que usam um jeito muito peculiar de expulsar demônios. Foi um momento precioso para o padre Marcus, porque, como já vimos, ele havia perdido sua fé, tornando-o inútil contra os demônios à sua volta. Agora, com uma nova perspectiva, ele recuperou o seu “dom”, usando uma técnica contrária ao que ele estava acostumado. Acredito que ele provavelmente irá fazer uma espécie de combinação entre os dois tipos de exorcismo, transformando-os em uma técnica única. Foi um momento importante para o personagem porque aconteceu bem a tempo de seu maior desafio. E foi o próprio padre Marcus que disse que o demônio na Casey não é como qualquer outro, o que mostra quão poderoso ele é.

Voltando à sofrida Casey, o demônio não demorou nada para mostrar suas garras. Desde a primeira cena do episódio nós vimos ela sendo atormentada por ele, que tinha a intenção de fazê-la dizer sim. No entanto, ela é mais forte do que o “vendedor” pensava ser e resiste bastante. Gosto como a aparência do “vendedor” fica cada vez mais suja, podre e esfarrapada à medida que a aparência da própria Casey também decai – inclusive, um dos médicos confirma as queimaduras genitais que ela infligiu a si mesma semana passada. Queria ter visto mais cenas entre a menina e o “vendedor”, principalmente por se tratar de um ângulo novo nesse subgênero desgastado. Nós tivemos a oportunidade de entrar na cabeça de um possuído; vimos como o demônio trabalha internamente para conseguir o que quer.

Só achei que ele poderia ter feitos jogos mentais mais elaborados para fazê-la dizer sim. Ameaçar a vida de uma enfermeira não trouxe o impacto necessário que eu estava esperando. Teria sido mais divertido se o “vendedor” a tivesse feito dizer sim sem que ela percebesse, enganando-a como ele fez desde o começo. Mas acredito que o tempo da Casey realmente brilhar vai acontecer na próxima semana, quando ela estiver no auge da possessão demoníaca. Já estou esperando muitas referências ao filme clássico de 1973; e, de fato, a primeira fala na promo do próximo episódio é o icônico “Que dia excelente para um exorcismo“. Digamos que as coisas irão ficar muito satânicas, e eu mal posso esperar.

Crítica | O Exorcista – 1×03 (Chapter Three: Let ‘Em In) 

Também não posso deixar de destacar a reação da família, em especial da Angela, que finalmente teve um texto mais dramático para dar espaço ao talento da Geena Davis. Algumas cenas foram desesperadoras, especialmente quando a Casey estava quase cedendo ao demônio com a sua família a alguns metros de distância sem poder fazer nada. Angela mostrou força, e acho admirável que ela não tenha medo de expressar sua certeza a respeito de sua filha estar possuída. Geralmente os personagens buscam todo tipo de explicação científica, sendo a aceitação da existência de um motivo sobrenatural o último recurso. Nesta série aconteceu justamente o contrário. Desde o começo a possessão esteve em foco, e os personagens principais, a Angela e os padres, nunca duvidaram disso.

Quem leu o livro sabe que o padre principal se mostrou cético até o terceiro ato – e muita coisa chocante já havia acontecido até lá, mas ele sempre refutava com uma explicação científica. Acontece que no livro o demônio só mostra a quantidade exata de poder para deixá-lo em dúvida sobre sua existência, desgastando a vítima e estendendo o seu jogo psicológico com o padre. A série tem seguido um caminho contrário, o que ainda é uma abordagem válida, considerando que há um cenário maior nesta trama que provavelmente chegará ao seu clímax durante a chegada do Papa. Só me pergunto como a série irá manter o nível depois de um episódio inteiro focado em um exorcismo, restante ainda mais 5 episódios para o término do primeiro ano. Sim, já foi confirmado oficialmente que a primeira temporada será composta de 10 episódios, então ainda estamos no meio do caminho; apesar de parecer uma reta final.

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